Crítica | Dumbo de Tim Burton é uma experiência visual mágica

Por - 29/03/19 às 00:45

Divulgação/Disney
Dumbo e Tim Burton são o casamento e o casamento perfeito. A história de um bebê elefante que nasce diferente, com orelhas enormes, e descobre seu poder nessa diferença, só poderia ser contada sob o olhar de um diretor que enaltece e aplaude o esquisito. 
 
A melancolia que a história de Dumbo carrega e a delicadeza de encontrar beleza por trás dela precisava de Burton e de sua direção singular, que consegue enxergar a maravilha no meio da tristeza, como em Edwards Mãos de Tesoura. 
 
O live-action de uma das animações clássicas da Disney nos leva para dentro da tenda do circo, onde todos aqueles que são tidos como bizarros e estranhos, encontram uma família. Ali dentro do Sra.Jumbo, dá à luz Dumbo, um elefantinho estranho, mas que passa a ser amado do jeito que ele é por seus novos companheiros. Com um toque de amor e carinho, as crianças Milly (Nico Parker) e Joe (Finley Hobbins) , filhos do personagem Holt, interpretado por Colin Farrell, descobrem que ele pode voar e que suas orelhas são seu grande dom. 
 
Levando o público para dentro do picadeiro e para os bastidores da lona, Dumbo é um primor em seu visual, nas coreografias e faz com que seja quase impossível pensar que o bebê Dumbo não estava, de fato, ali, interagindo com os atores. 
 
Com um elenco extremamente talentoso, que repete a parceria do maravilhoso Danny DeVito, Michael Keeton e Burton, a história de Dumbo é recontada com efeitos visuais impecáveis (a cena das bolhas é um espetáculo) e um CGI tão impressionante, que é possível ver os cílios e detalhes na pele de Dumbo. Sem perder a essência da animação original de 1941, Dumbo inicia com pé direito essa fase nostálgica e deliciosa dos live-action da Disney.
 
Dumbo e Tim são a prova de que o esquisito é lindo, o estranho é maravilhoso e que sempre terá alguém disposto a mostrar que a nossa beleza está naquilo que temos de mais diferente.
 

---