Crítica | Homem-Aranha: No Aranhaverso é lindo e único
Por Redação - 10/01/19 às 11:30
O roteiro inteligente e sem brechas, assinado por Phil Lord e Rodney Rothman, abre um novo mundo ao revelar que Peter Parker não é o único Homem-Aranha. Cheia de representatividade, a história acompanha, então, Miles Morales, um garoto negro, filho de um policial americano e uma mãe latina, que é picado por uma aranha especial e se vê obrigado a assumir seus novos poderes e a responsabilidade que vem com eles. Após ver o Homem-Aranha de seu ‘universo’ morrer ao tentar impedir que o Rei do Crime ligue uma máquina que abre caminho para realidades paralelas, Miles precisa encarar seu novo posto e todos os desafios e vilões que vêm com ele.
Dirigido por Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman, Aranhaverso é impecável. Tecnicamente , o filme também é um deleite. Além da alta taxa de quadros (24 por segundo, que já oferece um visual incrível, Aranhaverso imprime uma estética retirada dos quadrinhos e resulta em uma verdadeira HQ animada. Misturando efeitos digitais que chegam a simular um traço tradicional, o filme é uma experiência visual e sensorial única.
A trilha sonora também é um show à parte. Assim como em Pantera Negra, a música é parcela fundamental, embalando e dando um tom ainda mais descolado para o desenrolar da trama. Além de ter Nicki Minaj e Jaden Smith assinando várias músicas da trilha, o tema do filme, Sunflower, composta exclusivamente para o projeto por Post Malone e Swae Lee, já ultrapassou a marca de 180 milhões de visualizações no Youtube.
Se não bastassem todos os predicados, as cores explosivas, o design ‘cool’ e um vilão capaz de tudo para chegar no seu objetivo, Aranhaverso ainda traz mensagens importantes nas suas entrelinhas. Além de revolucionar o que já conhecíamos no campo da animação e dos filmes de super-herói, a narrativa de Miles fala de família, de jornada de autoconhecimento, do medo que precede a aceitação de alguns desafios que nos é imposto pelo caminho, e mostra que nossos ‘super poderes’ só se tornam ‘super’ quando percebemos que a vida é para ser compartilhada.
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