Crítica | Operação Overlord é o exagero que funciona

Por - 09/11/18 às 00:05

Divulgação/Paramount
Guerra, terror e zumbis nazistas são alguns dos elementos que compõe o divertidíssimo Operação Overlord. Sem medo de criar um filme trash classe A, o produtor J.J Abrams, mente criativa por trás do projeto, abusa de seu talento para fazer uma aventura que entretém do começo ao fim e que não economiza na ousadia nem nos litros de sangue.
 
A trama acompanha um grupo de paraquedistas americanos que, no auge da Segunda Guerra Mundial, precisa completar uma missão em um vilarejo francês dominado por soldados nazistas. Porém, aos poucos eles percebem que não é somente a ocupação militar que está acontecendo atrás das linhas inimigas.
 
Fazendo uma homenagem aos filmes B dos anos 80, o diretor James Avery desenrola uma história que transita por vários gêneros diferentes. Operação Overlord começa como um filme de guerra, que flerta com suspense e acaba em um terror sinistro no maior estilo gore com direito a body horror, quando o filme usa de mutilação de corpos e cenas bastante gráficas. Apesar de o longa se "dividir" em vários estilos, o roteiro de Billy Ray (Capitão Phillips) é coeso e sem pontas soltas. 
 
O grande destaque de Overlord é mesmo o elenco do filme, composto por talentos jovens que fogem de uma escalação óbvia. Jovan Adepo (Jack Ryan), Wyatt Russell (Anjos da Lei 2), Pilou Asbæk (Game of Thrones), John Magaro (Orange is The New Black) e Mathilde Ollivier dividem-se entre soldados, nazistas e a moça do vilarejo que ajuda os aliados – eles entregam uma atuação que rende risadas, o que humaniza o ambiente perturbador proposto pelo filme.
 
Operação Overlord é o exagero do exagero.Tem cenas de revirar o estômago, é violento, sangrento, não tem medo de assumir seu lado mais absurdo e cumpre seu objetivo de entreter do começo ao fim.
 

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