Crítica | Shazam é o maior acerto da DC

Por - 03/04/19 às 15:34

Divulgação
Zachary Levi nasceu para interpretar Shazam. O encaixe perfeito entre o super-herói cheio de poderes e a alma de menino se encontram em sua atuação, que entrega um papel leve, divertido e autêntico. Com direito a dance floss, comilanças envolvendo salgadinhos e momentos em que usa um de seus mega poderes para carregar o celular das pessoas, a alma de Shazam não poderia estar mais bem construída na tela.

Com um Dr, Silvana (Mark Strong) caricato, a direção de Sandberg nos leva para o melhor de Quero Ser Grande (1988) e apresenta um filme digno de Sessão da Tarde – acredite, é um elogio!. É um comfort movie da melhor qualidade, do tipo que não nos cansamos de assistir inúmeras vezes. Ouso falar que Shazam, assim como clássicos como Um Príncipe em Nova York, que até hoje vemos no horário nobre vespertino, se tornará um filme atemporal.

Além da referência dos anos 80, a direção nos remete a uma nostalgia completa. Com cores fortes, diálogos bem marcados por parte do vilão, que sempre tem aquele “sermão do cara mau” na ponta da língua, não há uma preocupação em ser um filme complexo e cheio de ultra efeitos especiais, mas sim de construir um tom família e com o qual o público se identifique. 

Entre tantos acertos, o maior responsável pelo sucesso que o filme fará nas bilheterias é, sem duvida, a escolha precisa do elenco. Asher Angel (que interpreta Shazam na versão adolescente) e Zachary são química pura. Complementando um a atuação do outro, fica fácil acreditar que Billy está ali dentro mesmo. Outro mérito que precisa ser dado é para a atuação de Jack Dylan Grazer, que interpretar o irmão adotivo de Billy, Freddy. os diálogos e o ritmo da narrativa são tão naturais, que quase esquecemos que super-heróis não existem na vida real.

Algumas falhas nos efeitos visuais (os Sete Pecados deixaram um pouquinho a desejar) e narrativas pouco desenvolvidas na trama em si, como um diálogo entre Shazam e a irmã mais velha de Billy, Mary (Grace Fulton), são detalhes que ficam pequenos perto de toda positividade que Shazam imprime.

Com easter eggs e várias referências a outros heróis da DC, como Batman e Superman, e também outros personagens inesperados (fiquem espertos na cena do hadouken), o fan service está garantido e foi muito bem utilizado, sem forçar a barra, chegando a arrancar alguns aplausos e muitas gargalhadas.

 
Bem melhor que Aquaman, Shazam é o filme que a gente queria!
 

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