Dan Stulbach e Irene Ravache comentam volta aos palcos na peça Meu Deus
Por Redação - 03/04/14 às 18:31
Em entrevista à revista 29 horas, que circula no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, Dan Stulbach e Irene Ravache comentaram a experiência de interpretar Deus e a sua respectiva psicóloga na peça Meu Deus!, que está em cartaz no teatro FAAP, zona sul da terra da garoa.
Tanto Irene quanto Stulbach voltam à cena depois de uma temporada se dedicando a outros projetos. A última peça em que o ator participou foi em 2010, enquanto Irene retorna após um jejum de seis anos dos palcos.
Stulbach e Irene comentam suas percepções sobre fé e religião. Vindo de uma família judaica liberal, o ator garante que não se questiona sobre a existência de um Todo Poderoso:
“Eu nunca me coloquei essa questão. Porque quando a gente se reúne para jantar, ou em um Shabat com a família, não é exatamente de Deus que estamos falando, mas de amor, e nisso eu acredito”.
Já a atriz, que teve formação católica, gosta de imaginar perguntas que faria ao Criador.
“Acho que falaria sobre coisas com as quais não convivo bem, sobre as diferenças, como ‘por que o sapo?’, ‘por que o homem faz xixi em pé?’. Na verdade me agrada ter um Deus, assim como me agrada ter um marido. Gosto de ter uma família, gosto de ter um Deus”, comenta, confortável com sua posição.
Depois de dois mil anos de desilusões, Deus está em crise e a solução é procurar um profissional para ajudá-lo a superar a depressão. A escolhida é a psicóloga Ana, com quem o Todo Poderoso trava um diálogo ágil e divertido que leva à reflexão sobre a própria humanidade.
O diretor Elias Andreato diz à 29HORAS que o enredo da peça remete a encontros que causam transformação, como o que acontece entre Ana e Deus no texto da dramaturga israelense Anat Gov, adaptado por Jorge Schussheim e com versão brasileira assinada por Célia Regina Forte.
A história se inicia com a chegada de Deus ao consultório da terapeuta, que no início duvida de sua procedência divina, mas que acaba por embarcar no diálogo inusitado e questionador. Pela primeira vez encenada no Brasil, Meu Deus! já fez sucesso em diversos países, ficando três anos consecutivos em cartaz em Buenos Aires, na Argentina.
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