Dani Calabresa revela o ponto mais importante de seu contrato com a Band

Por - 18/03/13 às 14:35

Pedro Paulo Figueiredo/ Carta Z Notícias

Dani Calabresa trata sua liberdade artística como prioridade. É por isso que, depois de quatro anos na MTV, onde imitou personalidades e satirizou o cenário político brasileiro em programas como Furo MTV e Comédia MTV, nada mais natural que ela queira seguir pelo mesmo rumo do humor politicamente incorreto dos programas da Band. Em especial o CQC, onde ela estreia como integrante nesta segunda-feira (18).

"Eu já vinha participando de alguns programas da Band, existia um namoro. E entre alguns convites que surgiram, o da Band foi o mais instigante. Justamente por unir liberdade e novas possibilidades", garante Dani, que no programa comandado por Marcelo Tas terá um quadro onde abordará, de forma ficcional e escrachada, notícias que foram desprezadas pelos outros integrantes da produção.

"É um outro jeito de trabalhar a notícia, com brincadeiras e perucas. Seja ela importante ou fútil", explica, aos risos.

De origem teatral, a humorista é natural de São Bernardo do Campo, cidade do ABC Paulista. A primeira experiência de Dani na televisão foi no Pânico na TV!, na época em que a trupe de Emílio Zurita ainda dava expediente na Rede TV!. Com passagem também pelo SBT, a humorista acredita que é pelo seu passado de peças experimentais e espetáculos no estilo stand-up comedy que consegue se sair bem no improviso. Sobretudo na imitação. Entre suas mais conhecidas, estão a falecida Hebe Camargo e as primeiras-damas da Rede TV!, Luciana Gimenez e Daniela Albuquerque.

"Não é minha intenção agredir. Sou do tipo que, se ofendo, peço desculpas na hora. Acho que entendem isso e é por essa razão que nunca tive problemas com minhas imitações. Pelo contrário! Fui ao programa da Hebe, a imitei ao vivo e ela adorou", relembra.

O Fuxico: Você acertou seu contrato com a Band em dezembro do ano passado, depois de quatro anos na MTV. Quando sentiu que era o momento de trocar de emissora?

Dani Calabresa: Eu era muito feliz na MTV, estava lá com meus amigos e meu marido (o também comediante Marcelo Adnet) fazendo tudo com a maior liberdade do mundo. Eu não tinha vontade de sair. Os contratos eram renovados ano a ano, de acordo com a minha vontade de testar outros formatos, experimentar e improvisar dentro do universo de música, humor e notícia da emissora. Não tive um clique. Simplesmente, depois de receber convites de várias emissoras, fiquei tentada pela infraestrutura e o modo que o trabalho acontece dentro da Band.

OF: Como assim?

DC: Aos poucos eu fui me familiarizando com a emissora. Quando ainda estava na MTV, participei do programa do Danilo Gentili (Agora É Tarde), fui repórter no especial de 200 programas do CQC e também fui uma das entrevistadas do Conversa de Gente Grande, do Marcelo Tas. Apesar de pequenas, foram experiências que me fizeram ver que na Band eu poderia ter a oportunidade de desenvolver outros tipos de trabalhos, com a mesma liberdade que tinha no canal anterior. Essa autonomia artística que prevalece em emissoras como Band e MTV me deixam à vontade para criar.

OF: No CQC você terá um quadro que mistura jornalismo, humor e dramaturgia. Não ser repórter do programa foi uma exigência sua?

DC: Não fiz tantas exigências assim. A produção foi muito gentil e me perguntou o que eu gostaria de fazer. E analisou se isso poderia acrescentar um ar de novidade ao CQC. Falei da minha experiência no Furo MTV, onde eu comentava notícias gerais, escrevia junto com os redatores, esculhambava, debochava e imitava a maioria dos personagens dos principais fatos do noticiário. Eles me deram a oportunidade de ser eu mesma, inserida dentro do universo do programa. E o mais legal é que, além de convidados especiais, todos os integrantes do CQC vão participar dessas inserções cênicas que vou fazer.

OF: Assim como na MTV, você também participa do processo de roteirização de seu quadro no CQC. Assegurar a autoralidade de seu humor é uma prioridade para você?

DC: Sem dúvida. Isso foi um dos pontos mais importantes do contrato. Se eu não escrevo ou estou de olho no que estão escrevendo para mim, não vejo graça em fazer. O CQC é fruto de um trabalho de equipe. Eu entendo e respeito isso. Mas é a minha cara que está sendo mostrada. Por isso, é essencial que eu participe do processo criativo.

OF: Assim como já aconteceu com outros integrantes do programa, é possível que você também tenha um programa só seu na grade da Band?

DC: Eu ficaria muito feliz. Mas acho que é cedo para traçar algum prazo para que isso aconteça. A Band tem apostado no humor. Basta observar que o CQC, o Pânico na Band e o Agora é Tarde são os destaques da programação recente da emissora. Portanto, caso essa possibilidade virasse realidade, eu iria adorar! Se não fosse um programa só meu, seria interessante apresentar algo em dupla com o Danilo (Gentili), Carioca ou Ceará (humoristas do Pânico na Band), acho que estou bem servida de humoristas na nova casa.

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