Daniel Rocha torce para que Rony assuma a homossexualidade
Por Redação - 15/08/12 às 08:51
Demorou para que Roni (Daniel Rocha) desse mostras se sua preferência sexual, em Avenida Brasil, mas quando começou a "deixar rastro", não parou mais. O ator, agora, torce para que ele assuma de vez e lute pelo se amor
"Eu não sei o que o João Emanuel pretende fazer. Mas, para mim, como ator, é bem mais interessante que Roni fique com Leandro (Thiago Martins). E se rolar o beijo gay, faço, por que não? Sem problemas. Sou ator. Acho interessante o ator trabalhar assim, sem saber se é ou não é. Porque o ser humano não é uma coisa só. Você nunca é aquilo, é muito mais. Dostoiévski puro", disse ele ao jornal O Globo.
Em seu primeiro trabalho na telinha, Daniel Rocha tem procurado colocar em prática todas as lições que absorveu em quatro anos no Centro de Pesquisa Teatral (CPT), grupo experimental de São Paulo comandado por Antunes Filho. A insatisfação com os rumos de sua carreira quase levou o rapaz para a Austrália, onde pretendia cursar Gastronomia e se aperfeiçoar nas artes cênicas. Mas o convite para a novela o fez repensar.
"Ser artista no Brasil é quase impossível. Você estuda, estuda e vai fazer o teste com gente sem preparo, porque hoje qualquer um tem o registro para atuar. Qualquer pessoa é ator, poucos são artistas. E você começa a se revoltar. No Brasil não tem uma boa escola técnica de formação como há na Inglaterra. O brasileiro é bom ator porque se joga, Eu me acho um canastra. Mas tenho ouvido muitos bons conselhos do Otávio e do Thiago. Tento não comprometer", destacou.
Aos 21 anos, solteiro Daniel revela que, por enquanto, tem tirado casquinhas do assédio. Casamento só lá pelos 32 anos, "com alguma bonitinha para pegar na mão e subir no altar". Também pretende adotar uma criança.
Dos 13 aos 17 anos, Daniel praticou boxe, por conta do bullying que sofria no colégio por ser mirrado e não curtir futebol, apesar de o pai ser um flamenguista fanático. Ele deixou o esporte por causa do teatro. Mesmo assim, enche a boca para contar que tem 20 vitórias e apenas uma derrota no currículo.
"Não dava para chegar nos ensaios com o pé quebrado, o supercílio rasgado. Fui diminuindo o ritmo até parar. Meus pais gostaram da minha ida para o meio artístico. Nenhuma mãe gosta de ver o filho arrebentado, né?", disse ele, que mantém a luta hobby.
Criado na igreja, ele ainda estudou violino por dez anos e fez aulas num conservatório.
"Fui criado na igreja, meu pai sempre gostou de que eu e meu irmão (Thiago, de 24 anos) fizéssemos atividades culturais. Eu tinha 5 anos, doido para ir ao McDonald's, e era levado para a Sala São Paulo para assistir a concertos. Vi alguém tocando violino e gostei. Meu irmão toca sax. Creio numa coisa, tenho fé nisso, mas não misturo com a profissão. Tenho cabeça aberta. O que tiver que fazer, eu faço", contou ele, evangélico da Assembléia de Deus, igreja da qual o pai é pastor.
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