Daniel Torres se baseia em programas políticos para personagem

Por - 22/03/13 às 20:03

Jorge Rodrigues Jorge/CZN

O termo "cresceu na tevê" parece encaixar perfeitamente na trajetória de Daniel Torres, o Alessanderson de Pé na Cova. Prestes a completar 20 anos, o ator já soma nove só de Globo, sem contar com as peças teatrais que fez antes de ir para a tevê. A maturidade parece ter sido sempre aliada do ator e a razão para seus recorrentes trabalhos na emissora. Prova disso é sua fala pausada, porém segura.

"Sempre fui adulto, mesmo antes da hora", brinca.

A paixão pelas artes veio cedo. Adepto dos cursos extras que seu colégio promovia, fez uma aula experimental de teatro.

"A partir daí, fui para uma companhia de teatro e entrei em uma agência", lembra.

Para interpretar o inescrupuloso filho de Ruço, papel de Miguel Falabella, Daniel entrega que sua grande fonte de inspiração foram os programas políticos.

"Ele não se importa em mentir, exatamente como os tipos que vi no horário eleitoral", lamenta.

Atuar no seriado fez Daniel ter outro olhar sobre a morte, já que a casa de Ruço é também uma funerária.

"A morte é apenas o fim da vida, devemos nos acostumar com ela", afirma.

Pé na Cova é seu quinto trabalho na Globo os anteriores foram O Pequeno Alquimista (2004), A Lua Me Disse (2005), as três temporadas de Toma Lá Dá Cá (de 2007 a 2009) e Aquele Beijo (2011). De todas as produções, a primeira é a única que não foi escrita por Miguel Falabella.

"É muito bom trabalhar com ele. O texto é ótimo e conhecer a forma como ele escreve é uma grande vantagem", compara.

Perfil
Nome: Daniel Agnello Torres.

Nascimento: 10 de maio de 1993, no Rio de Janeiro.

Primeiro trabalho na tevê: Na microssérie O Pequeno Alquimista, em 2004.

Atuação inesquecível: Não consigo escolher uma. Todos os personagens que fiz foram muito ricos.

Interpretação memorável: Adriana Esteves, como Carminha, em Avenida Brasil, de 2012.

O que gosta de assistir: Séries como Pé na Cova, Two And a Half Men, futebol e filmes.

O que falta na televisão: Bom senso.

O que sobra na televisão: Sobra o apelo, o sensacionalismo, tudo em busca de audiência. Não acho isso saudável.  

Ator: Johnny Depp.

Atriz: Meryl Streep.

Se não fosse ator, o que seria: Talvez músico, pelo tanto que eu gosto de tocar violão.

Melhor programa humorístico: Two And a Half Men.

Novela preferida: Avenida Brasil.

Trilha sonora inesquecível: Como Uma Onda, de Walther Negrão, exibida em 2004.

Melhor abertura de novela: Gabriela, exibida em 2012.

Vilão mais marcante: Flora, personagem de Patrícia Pillar, em A Favorita.

Personagem mais difícil de compor: Adonis, de Toma Lá, Dá Cá.

Papel com mais retorno do público: Adonis, de Toma Lá, Dá Cá.

Melhor bordão da televisão: Prefiro não comentar, de Copélia, personagem de Arlete Salles, em Toma Lá, Dá Cá.

Que papel gostaria de representar: São tantos… Gostaria de fazer um cego, um mudo, um assassino muito mau.

Com quem gostaria de fazer par romântico: Tem muitas atrizes boas e bonitas. Se eu responder, vou me complicar.

Com quem gostaria de contracenar: Tony Ramos.

Filme: Cidadão Kane, de Orson Welles, lançado em 1941.

Livro: Qualquer um do Dan Brown.

Autor: Luis Fernando Veríssimo.

Diretor: Mauro Lima.

Mania: Eu usei aparelho fixo durante cinco anos e adquiri a mania de escovar os dentes. Tirei o aparelho e continuo com a mania. Levo escova de dentes para todos os lugares que vou.

Medo: Além da morte e do desconhecido, eu tenho um medo muito forte do fracasso.

Projeto: No futuro, quando tiver consolidado tudo na minha carreira, quero muito fazer algo beneficente. De repente, algo ligado à música.

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