Daniela Albuquerque: “Já economizei salário de R$ 50 para comprar sandália”

Por - 10/04/13 às 17:14

Ag.News

Primeira dama da RedeTV!, Daniela Albuquerque é mãe de Alice, esposa de Almicare Dallevo e apresentadora dos programas Dr. Hollywood e Sob Medida, apresentados todas as noites de quintas-feiras, após às 23h.

Nascida em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a morena de 30 anos veio de uma família humilde e simples. E até hoje, mesmo quando chega de helicóptero para o trabalho, surpreende ao romper com a imagem de patricinha ou da ricaça esnobe.  

“É um doce de pessoa, conversa com todo mundo”, avisa um motorista da RedeTV!. “Ela cumprimenta todas as pessoas, é bastante simpática”, afirma o cabeleireiro. “Nem parece a mulher do dono”, garante a camareira.

Daniela estreou na televisão em 2007, no Dr. Hollywood, e desde então vem aprendendo a arte de comandar uma atração. Já protagonizou alguns tropeços públicos, foi motivo de piada pelas gafes, mas atualmente diz lidar bem com as críticas.

Em entrevista exclusiva a O Fuxico, ela relembra o passado, fala sobre a filha, o marido e a relação com o dinheiro.

O Fuxico: Em seu novo programa, o Sob Medida, você e os especialistas dão dicas sobre o guarda-roupa, decoração e comportamento. Em sua vida pessoal, já teve alguma fase cafona?

Daniela Albuquerque: Quando morava no Mato Grosso, usava umas calças largas, cargo, sabe? Eu tinha uns 14 anos e ficava até com a barriga de fora (risos). Olho para trás e penso: “Meu Deus, como pude usar essa roupa?” (risos), mas era moda e era bem magrinha. Sempre fui antenada em moda e gostei desse universo. É engraçado que, apesar de não ter dinheiro, eu não repetia roupa quando era mais nova. A estratégia era trocar com as amigas, misturar peças, fazer um look diferente e até customizar. Sempre fui bem criativa e me virava.

OF: Hoje, quando você vai ao shopping, o que você costuma comprar?

DA: Sou apaixonada por sapato, mas não tenho muito tempo de ir ao shopping, é raro. Compro mais quando estou de férias, porque gosto de ficar livre para ficar fuçando, olhando, pesquisando.  Gosto de tirar um dia inteiro só para isso. Meus sapatos preferidos são os de salto alto, com designer diferente, modelos exóticos e sempre com brilho, muito brilho. Eles enchem os meus olhos…

OF: O fato de você ter um passado menos favorecido, mexe com você de alguma forma?

DA: Penso que dessa vida não levamos nada. Continuo humilde e isso é algo bem natural, não é política, não é demagogia, não é fingimento. Eu cumprimento todo mundo todos os dias, não é aquela coisa falsa de cumprimentar um dia e esquecer no outro. Tem gente que se entrega muito, né? O Tiago [Braga, cabeleireiro] me contou que, quando o chamaram para fazer o teste, achou que eu fosse metida, mas depois se surpreendeu. A Regina [Volpato], depois que trabalhou comigo, se tornou uma grande amiga. Acho que foi por causa da educação que a minha mãe me deu. Além disso, eu gosto de conversar com as pessoas, sou curiosa…

OF: Você passou a dar mais valor ao dinheiro?

DA: Já fui camelô, já trabalhei com babá… Acho que a maturidade faz a gente dar valor nas coisas. Desde novinha eu busquei a minha independência. Lembro que, aos 13 anos, ganhava 50 reais por mês e sonhava em comprar uma sandália de plástico, que era moda na época e custava 49,90. Trabalhei o mês inteiro, recebi o dinheiro suado e fui correndo comprar. Só que, ao chegar à loja, só tinha o número 39, e eu calço 37. Mas eu estava tão apaixonada, sonhava tanto com a sandália que comprei mesmo assim. Desfilei linda e sorridente com a sandália de número maior (risos). Mas sabe que foi ali que eu aprendi a importância de conquistar o meu dinheiro, batalhar para um sonho e dar valor naquilo que vou comprar.

OF: Hoje, você é a primeira dama de uma emissora. Qual é a sua relação com o dinheiro?
 
DA:
Quando fiquei grávida, o meu marido falou que ia comprar o enxoval e eu disse: “O quarto eu é que vou pagar”, com o salário que recebo. E, quando fui comprar as coisas, negociar, tive a mesma sensação de quando fui comprar aquela sandália. É trabalhar o mês inteiro, juntar o dinheiro e comprar com o mesmo brilho no olhar, com o mesmo encantamento. Não é aquela coisa de “tenho dinheiro, vou lá e compro”. Não! Eu penso que, quando eu era pequena, não tinha nem berço, muito menos quarto só para mim.

OF: E como é o quarto da Alice?

DA: É um quarto bem clássico, pois sou uma mulher clássica. Fiz pensando em quando ela vai crescer, então é bem light, em clarinho, nada de rosa… É clean e aconchegante. Quando ela crescer só vai trocar o berço pela cama.

OF: Quais são os valores que você quer passar para a sua filha?

DA: Ela já é uma criança super simpática, vê o câmera e dá mãozinha, quer ir ao colo de todo mundo, quer passar a mão no rosto… Eu sou super ciumenta, mas quero que ela seja uma criança querida. Não quero que ela seja chata, que as pessoas não queiram recebe-la. Vou educar ela para tratar todas as pessoas da mesma maneira, não importa que seja o presidente de uma empresa, uma funciona, o sexo, a sexualidade, a classe social. Quero a minha filha livre de preconceitos.

OF: Já dá para notar a personalidade dela? Ela parece mais com você ou com o Almilcare?

DA: É uma mistura dos dois, pois ele também é muito querido e simples. Mas ela é uma taurina bem decidida. Eu amamentei até os 10 meses, até que um dia ela me deu uma mordida, eu falei que não podia, ela chorou e ficou magoada. No outro dia, fiquei insegura no momento de dar o mamar e ela percebeu, não quis mais. Tentei de novo e ela não queria mais saber. Acho que ela pensou: “Já estou grande, com dentinho, não quero mais machucar a minha mamãe”. Fora isso, é uma criança que não chora por nada, sorri o tempo inteiro, nem dá impressão que tem criança em casa. O Amilcare diz que teve três filhos e que a Alice deu trabalho zero.  

OF: Como é o Amilcare pai?

DA: É um pai maravilhoso, não tenho do que me queixar. Todo mês, vai comigo ao pediatra, acompanhou todo o pré-natal. Está sempre presente com a Alice e com todos os filhos. A coisa mais difícil é ver um filho homem beijar a bochecha do pai e todos os outros filhos dele os beijam. Todos são bem unidos.

OF: Ele chega a comentar sobre a sua presença no Dr. Hollywood, no extinto Manhã Maior e, agora no Sob Medida?

DA: Sei que ele é uma pessoa que entende de televisão e é por isso que pergunto. Ela diz se estava legal, se rolou química entre os apresentadores, se está divertido, aponta quando um fala por cima do outro. Ele me dá um puxão de orelha quando precisa e é normal. Eu gosto de ouvir, pois é ali que eu cresço como profissional. A minha mãe também é bem sincera e eu sempre procuro saber o que incomodou e o que gostaram…

OF: As críticas negativas da imprensa e do público sobre as escorregadas de uma apresentação te incomodam?

DA: Eu ficava triste, mas hoje estou mais confortável. Acho que tenho que melhorar, nunca estou satisfeita, mas sei que melhorei bastante. No Manhã Maior acertei muito mais que errei. No Sob Medida estou mais segura, sem medo de errar. Antes, eu ficava muito presa em querer acertar e pecava pela falta de naturalidade, ficava meio robô. Hoje, estou mais confortável comigo mesma. Continuo me empenhando, gosto de trabalhar, seguro firme na dedicação, mas não tenho mais medo.

OF: Falando sobre cirurgias plásticas… Você acha que vale tudo pela estética?

DA: Não, principalmente se virar um vício e a pessoa quiser mudar a sua identidade. Tem gente que quer ser a Angelina Jolie e não dá. Mas, por outro lado, a cirurgia plástica é muito positiva porque nem tudo é apenas estética. A cirurgia plástica para uma pessoa que teve câncer de mama, por exemplo, é incrível. Para alguém que sofre com uma orelha de abano, que considera alguma área com defeito e sofre por isso, é muito positiva. Mas cada pessoa sabe o seu limite.

OF: Faria alguma cirurgia plástica atualmente?

DA: Nãooo, estou bem satisfeita com tudo. Na minha gravidez, engordei 10 quilos, tive a Alice com parto normal e voltei muito rápido. Acho que estou bem e, hoje, não mexeria em nada.

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