Daniele Hypólito se despede da ginástica olímpica

Por - 21/01/13 às 12:34

Ag.News

Muita gente vibra e torce quando ela entra em cena. Não se trata de nenhuma atriz ou modelo, mas sim, da ginasta Daniele Hypólito. A garota, que tem 29 anos, vai deixar trave e solo a partir das próximas olimpíadas.

No momento, seu foco é treinar muito com o objetivo de sair medalhista olímpica para encerrar sua carreira em 2016 em grande estilo. Especialista em trave e solo, a atleta passa a se dedicar exclusivamente a essas modalidades a partir de 2014. Após as olimpíadas do Rio, Daniele pretende passar para o outro lado do ginásio, gerenciando a carreira de outros atletas. A ginasta, que tem uma atenção toda especial com a alimentação, treina 6h, diariamente no Flamengo na parte da manhã e à tarde malha com um personal trainer para fortalecimento dos músculos.

“O Brasil é um país que só apoia o atleta quando ele ganha algo importante, é muito complicado ter ajuda quando está iniciando", afiama Hypólito.

Carreira

Hypólito Inspirada nos vídeos da atleta Nadia Comaneci, Daniele Hypólito sempre sonhou em seguir a carreira de ginasta e começou a treinar aos quatro anos, no SESI de Santo André, sua cidade natal. Filha de um motorista de ônibus e uma costureira foi contratada pelo Flamengo em 1994, recebendo do clube moradia, salário e escola para ela e os dois irmãos, fato inédito no Brasil até então.

Aos 12 anos teve sua primeira conquista nacional, sendo reconhecida como a nova esperança brasileira para o Pan-Americano em 1996, onde conquistou medalha por equipes nas barras e no solo. Em 1998 conseguiu a 15 colocação no individual do American Cup, além de ter sido a primeira no Pan-Americano de ginástica júnior na categoria solo geral e individual. Nas Olimpíadas de Sydney em 2000, conseguiu seu melhor desempenho ao ser a primeira ginasta brasileira a chegar a uma final olímpica.

Mesmo enfrentando dificuldades financeiras e de infraestrutura do centro de treinamento e a falta de patrocínio, Daniele conquistou a inédita medalha de prata no solo, no Mundial de Ghent, na Bélgica e foi eleita a maior ginasta do Brasil de todos os tempos, em 2001. Sendo reeleita no ano seguinte. 

Em 2004 fez parte da equipe que disputou os Jogos Olímpicos de Atenas, conquistando novamente as melhores posições por equipe, deixando o Brasil com a nona colocação, sendo classificada para a final individual e terminou o evento em 12º. Também fez parte da equipe brasileira que conquistou a 8ª colocação nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.

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