David Lucas vira co-autor de livro sobre sexo, drogas e outras polêmicas
Por Redação - 28/06/13 às 21:02
O sorriso de David Lucas ao relembrar seus primeiros passos na tevê é um misto de orgulho e timidez. Nove anos separam o jovem forte e bem-humorado, intérprete do fofoqueiro Orelha da atual temporada de Malhação, com a criança prodígio que despontou na tevê no especial O Pequeno Alquimista, de 2004. Com uma penca de personagens entre os dois trabalhos, aos 18 anos, David acredita que, enfim, conseguiu fazer a complexa transição de ator mirim para um jovem intérprete.
"Muita gente se perde ou é esquecida nesse percurso. Sempre mantive os pés no chão e procurei estar disposto a fazer o que fosse possível pelo trabalho. A disciplina é uma herança da minha família", entrega David, filho do radialista David Rangel e da atriz teatral Denise Peixoto, os grandes entusiastas da carreira dele e de sua irmã, a também atriz Aline Peixoto.
"Todo mundo em casa gosta de arte. Acho que esse ambiente facilitou meu envolvimento com a tevê", analisa.
Novas possibilidades na tevê começaram a surgir para David a partir de Fina Estampa, de 2011. Na pele de Renê Jr., o ator pôde fazer um retrato peculiar sobre um jovem e seus problemas com os pais e a sociedade.
"Foi bacana fazer uma novela das 21 horas. Meu personagem era o foco jovem da trama, tudo era tratado com muita leveza", explica.
Contundente e amadurecido, David acredita que seu personagem atual não só o aproximou de um público mais jovem, como o fez encarar uma cena inusitada e inédita em seu currículo. Ao lado de Cacá Ottoni, intérprete de Morgana, ele teve de gravar a sequência em que seu personagem perde a virgindade.
"Fiquei ansioso e nervoso. Por sorte, eu já era muito amigo da Cacá, então a gente não ficou tão tímido", conta.
Próximo do fim da temporada de Malhação, David não esconde que o nerd vai deixar saudades.
"Foi um trabalho bacana e fiz muitas amizades", destaca o ator, que, além disso, pôde mudar um pouco o tradicional tom cômico de seus trabalhos anteriores, como a série Minha Nada Mole Vida, exibida entre 2006 e 2007, e as novelas Caras & Bocas, de 2009, e o remake de Ti-Ti-Ti, de 2010.
"Gosto muito de fazer comédia, mas é bom variar. Tive de fazer um trabalho mais contido e bem naturalista para o Orelha. É um típico jovem viciado em novas tecnologias, um tipo bem fácil de se encontrar nas ruas", define.
Mesmo focado em Malhação, David utilizou o último ano para se arriscar em outras áreas. Ao lado do sexólogo Marcos Ribeiro, o ator foi coautor do livro Tribo Adolescente, publicação que aborda sexo, drogas e outras polêmicas, sob o viés da nova geração.
"Fizemos o livro para que a galera da minha faixa etária tenha uma vida bem mais saudável, com informação, prevenção e sem preconceitos", ressalta.
Nos palcos, David voltou a trabalhar com a mãe e a irmã no premiado musical infantojuvenil As Três Marias, em cartaz no Rio de Janeiro. E, ainda na seara musical, novamente na companhia de sua irmã, ele montou a banda Fozz.
"A música sempre esteve presente, de alguma forma, nas nossas vidas. E esses projetos mostraram isso para o pblico que conhece o nosso trabalho na tevê", conta o ator, que, após o fim de Malhação, deve continuar seus projetos familiares enquanto aguarda um novo chamado da Globo.
"Sou muito novo e tenho mais é que trabalhar", empolga-se.
David Lucas diversifica com personagem que não carrega no humor
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