Deborah Secco retorna à tevê no final de 2006

Por - 11/11/05 às 14:23

FotoAgência

Deborah Secco, que viveu a Sol em América, da Globo, ainda está se despedindo da personagem. Com a agenda cheia, a atriz ainda nem pensou no que fará de suas férias e de como comemorará seu aniversário, no próximo dia 26. Concentrada na carreira, Deborah só sabe que fará teatro e cinema. Novela? Somente no final de 2006.

"Ainda não consegui descansar. Sei que novembro e dezembro terei férias, com certeza. Agora, janeiro depende da agenda e do que surgir. Depois que acabou América, não fiz muitas coisas ainda. Não consegui planejar meu aniversário. Queria viajar, mas não sei. Queria levar minha família inteira, mas fica difícil. Se bem que, ficar em casa vai ser ótimo, porque tenho tanta coisa para arrumar. Armários, essas coisas… (risos)", disse Deborah em conversa com a reportagem de OFuxico.

O teatro é uma das prioridades para a atriz, que não quer cansar sua imagem diante do público. Segundo ela, uma pausa da tevê faz bem.

“Eu consegui fazer personagens diferentes e isso é tão bom. Foi tudo muito perto um do outro. Eu consegui sair da Darlene e fui para a Sol. As duas não têm nada a ver uma com a outra. Quando não tem mais o que fazer de diferente é hora de parar. Fui convidada para a novela Sinhá Moça, mas fiz um acordo com a Globo de não fazer. Acredito que devo voltar às novelas no final do ano que vem. Além disso, vou fazer dois filmes e talvez uma peça. Sobre o teatro, estamos só vendo patrocínio e acredito que vai dar certo. Acho que estréia em fevereiro, primeiro em São Paulo, depois no Rio. Não posso falar sobre isso porque estamos conseguindo os direitos autorais”, explicou.

Numa entrevista anterior, dada por Deborah ao site, ela confirmou que estrelaria uma peça ao lado de Cíntia Falabella, que atuou como Cidinha em América.

“A Cíntia virou minha melhor amiga. Aliás, quase todos. Eu nunca tinha trabalhado com o Caco Ciocler, o Murilo Benício, a Camila Morgado, a Camila Rodrigues… Fiz muitos amigos. É triste quando a novela acaba, porque se fosse meu primeiro trabalho eu diria que iríamos ser amigos para sempre, mas eu sei como é. Já fiz doze novelas e cada um vai fazer uma coisa diferente e quando nos veremos daqui a dez anos, estaremos sem nenhuma intimidade”, disse.

Voltando ao assunto trabalho, Deborah tem planos também para atuar no cinema. Ela estava confirmada para atuar no longa Muito Gelo e Dois Dedos d’Agua, de Daniel Filho, mas declinou o convite, uma vez que estava totalmente envolvida com as gravações finais de América.

“Ah, não tive tempo de ensaiar durante a novela. Eram oito horas de ensaio diário e o final da novela pra mim foi muito pesado. Mas no cinema, posso dizer que meu próximo personagem será morena. E é isso, só posso dizer que é para o cinema e que começo a filmar em março. (risos)”, adiantou.

Balanço de América

Deborah fez um balanço sobre o final da novela América, sua atuação, as críticas e o tão falado beijo que não aconteceu entre Junior (Bruno Gagliasso) e Zeca (Erom Cordeiro).

“A Sol foi um divisor de águas na história da teledramaturgia. É uma mocinha atual. As pessoas não estão acostumadas a ver uma novela com mocinha atual. Diziam que ela era egoísta e só pensava em dinheiro. Aí eu pergunto: Você largaria tudo aos 25 anos por amor? Não é isso, hoje a mulher quer ser independente, ter uma realização pessoal, que vai muito além do dinheiro. É aquela coisa de saber que você é dona da sua vida. Com o decorrer da novela, as pessoas passaram a aceitar isso”, explicou.

“Eu amo a Glória Perez. Estou até agora tentando encontrar um presente para dar para ela e não consigo. (risos) O último capítulo de América foi o mais emocionante para mim. Tanto o final com o Ed (Caco Ciocler), quanto o com o Tião (Murilo Benício). A Glória deixou claro a história dos dois, que com o segundo era coisa de outra vida. Acho que foi a primeira novela em que a mocinha termina bem com os dois. (risos) A trama terminou com dois pontos de audiência a mais do que a final do jogo da Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Isso diz tudo. Tenho que falar pro Ronaldo que estou dois pontos acima dele. (risos)”, brincou.

Sobre o tão falado beijo homossexual que não foi exibido no final de América, Deborah também deixou sua opinião.

“Fiquei muito triste com isso. Acho que tanto os heterossexuais quanto os homossexuais queriam esse beijo. O país caminha para cada vez menos deixar de existir o preconceito. A Islene (Paula Burlamaqui) e o Feitosa (Aílton Graça) terminaram juntos e não houve polêmica nenhuma em cima disso. Graças a Deus. É um ganho, porque o preconceito racial está acabando. Foi muito chato o beijo homossexual não ter acontecido. Eu vi a novela em casa, quando cheguei na festa, o Bruno (Gagliasso) já estava chorando. Se eu fosse ele choraria também”, resumiu.

Em relação às críticas sobre sua atuação em América, Deborah diz que está tranqüila porque fez o melhor que pôde.

“Sempre tive uma coisa muito clara na minha cabeça: tenho certeza que não sou a melhor atriz do mundo e que tenho muito para aprender. Se eu fosse a melhor, poderia parar daqui a dois anos, mas não. Tenho um caminho enorme pela frente e quero aprender muito. A única certeza que eu tinha era de que eu fazia o melhor. Saía da minha casa com o texto decorado, no horário, fazia de coração e com vontade de acertar. Me inspiro na Fernanda Montenegro, Irene Ravache, Cláudia Abreu, Malu Mader, Louise Cardoso…”, finalizou.

Vida Pessoal

Noiva do cantor Falcão, líder do grupo O Rappa, Deborah não gosta de falar sobre a vida pessoal.

“Casamento? (risos) Não sei quando isso vai acontecer. Vamos mudar de assunto? Falar da vida pessoal não dá, é muito incômodo. Sabe, é uma coisa tão minha, das pessoas que amo, não me sinto à vontade”, explicou.

Questionada se existe a vontade ser mãe, a atriz também declinou do assunto.

“Eu tenho vontade de ser mãe desde que eu era criança. Desde que eu brincava de boneca. Vontade todo mundo tem, mas agora nem penso nisso. Também me perguntam se eu já penso em nome. Gente, quando eu era criança sonhava em ter uma filha com o nome de Patrícia. Hoje em nem penso nisso. As coisas mudam, né?”, concluiu.

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