Depois de beijo em acrílico, Vladimir Brichta diz: “Eu achei a cena divertida”
Por Redação - 03/04/21 às 07:40 - Última Atualização: 6 abril 2021
Na reta final de Amor Mãe, muita história precisou ser adiantada, inclusive o romance entre o personagem Davi, interpretado pelo ator Vladimir Brichta, e a atriz Nanda Costa, a Érica. E foi por meio de um acrílico que rolou a primeira cena de beijo entre o casal. Assunto que deixou os internautas eufóricos. Ao OFuxico, com exclusividade, Vladimir admitiu que a cena para os personagens não foi nada higiênica, mas garante que para os atores o acrílico estava limpíssimo.
Amor de Mãe
“Sobre essa cena, é importante explicar duas coisas: Não foi anti-higiênico para os atores porque o acrílico estava limpíssimo, ele foi higienizado como a gente higieniza um garfo quando coloca na boca numa cena. Para nós atores o acrílico estava limpíssimo. Mas para os personagens, aquilo não era higiênico em hipótese alguma (risos). São dois personagens que pelo ímpeto da paixão, cometeram um erro sanitário, eles beijaram um acrílico. Ninguém precisa ficar preocupado com a saúde dos atores não. Quanto ao fato de outros personagens se beijarem sem o acrílico, isso se deu porque cada história é contada de um jeito. Os nossos personagens estavam comprometidos em serem testados (teste para covid) antes de se beijarem para evitar a contaminação um do outro, mas como eles queriam se beijar e não podiam, beijaram o acrílico. Eu achei a cena divertida de fazer. Ela é simbólica. Mas se o Davi fosse o meu filho, eu diria: “Filho não faça isso, você está beijando um acrílico, é perigoso”, disse bem-humorado.
Com a pandemia inserida na trama, o ator contou o que achou das mudanças.
“A novela propôs ser realista desde o início e voltou a ser gravada durante uma pandemia, e também a ser exibida durante a pandemia. Não sabíamos, na verdade, se essa situação teria acabado, mas pouco provável, estaríamos vivendo as consequências dela, ainda. Abordar o momento atual me pareceu a melhor escolha, mesmo que obviamente corresse o risco de tocar num assunto muito pesado, e que entristece e preocupa muito a todos. Mas não tinha como ser diferente. Eu achei uma escolha feliz. É bom ver a novela abordando esse tema, personagens com máscaras, distanciamento, falando de testes, não dá pra ser muito diferente não, achei bem acertado”, disse.
Personagem Davi
Escondendo o jogo sobre o final de seu personagem, Vladimir ressalta a importância de falar sobre a proteção ao meio ambiente.
“É, não posso contar de fato o final da novela, mas o Davi vai sim, ficar entre a vida e a morte. Essa semana foi ao ar a cena dele levando o tiro, eu gosto, na verdade acho violento, mas a vida tem disso também, acaba funcionando muito bem como símbolo. O Brasil é um dos países que mais mata ativistas ambientais. É uma tragédia. Uma calamidade que precisa ser reverberada. A novela tem esse poder de dizer e mostrar. É um símbolo. Como já foi citado pelo meu personagem, Chico Mendes foi assassinado porque era um ativista. É importante tocarmos neste assunto, o meio ambiente é um protagonista da novela, a PWA sempre foi inimiga, não respeitava os princípios de uma condução limpa, digamos assim, em relação ao meio ambiente. É importante que ele tenha um final que se destaque, a novela vai conseguir fazer isso, é claro que a história foi encurtada, tudo teve que ser mais enxuto, mais rápido, mas esse símbolo vai ficar”, disse confiante.
Adriana Esteves
Com talento inegável, Adriana Esteves roubou mais uma vez a cena. Sobre a companheira, Brichta comentou o que acha da identidade artística da atriz.
“Ela é uma atriz fenomenal e a cada trabalho posso dizer que ela sempre se supera porque traz coisas novas, a intensidade, a entrega, a disponibilidade emocional para os trabalhos que ela faz, é sempre muito tocante, fala com emoção e o público reconhece, pela disponibilidade emocional, pela dedicação que ela tem. Mas não é por acaso. Ela trabalha e se dedica muito, ela estuda e ao mesmo tempo consegue um estado de frescor que todo ator persegue quando vai fazer uma cena, e acaba dando neste resultado incrível. A autora, assim como outros autores, soube enxergar nela esse potencial, já sabiam obviamente, mas enxergaram essa capacidade de conduzir a trama.”
Quanto Mais Vida Melhor
Mesmo após o final das gravações da novela, Vladimir emendou um trabalho no outro, e contou como foram os primeiros meses de gravações de Quanto Mais Vida Melhor, trama das sete que deve ser exibida ainda este ano.
“Eu comecei há quatro meses, em novembro, na verdade, emendei com o final da novela, gravamos nos últimos quatro meses e tivemos que fazer mais uma parada, achei muito acertada por parte da empresa, porque a situação do país, da pandemia, piorou bastante, os números não deixam mentir, então por uma questão de segurança, de todo mundo envolvido, e não só dos atores, mas de toda a equipe, foi suspenso até o dia 19 de abril. Eu concordo plenamente. Essa novela, a princípio tem estreia para julho, mas obviamente vai depender de que momento poderemos gravar de fato, e como essa pandemia vai persistir no nosso país, porque não existe nada, nada que seja mais importante do que a nossa saúde.”
Cultura
Afetados pela pandemia, a cultura também sofreu com a falta de recursos.
“Essa pandemia afetou vários setores da economia, sem dúvida alguma o setor cultural foi um dos mais afetados. As pessoas deixaram de ir ao cinema, aos shows, teatros, se você pensar no próprio comércio, o shopping reabriu, fechou, os horários diminuíram, aumentaram, os bares, os restaurantes, as igrejas com cultos permitido, o esporte voltou com todos os cuidados, mas a área cultural foi a mais afetada. Obviamente temos uma má vontade por parte do governo de cuidar da cultura do país, uma gestão pífia. Graças a Deus algumas empresas, televisões, produtoras, conseguiram manter projetos, conseguiram manter alguma coisa funcionando, a Rede Globo conseguiu manter os seus contratados, mas foram iniciativas particulares por que de resto, tudo foi muito difícil, aos poucos algumas coisas foram retomadas, como a própria televisão, as novelas, o cinema também voltou porque é possível administrar um pouco a segurança no set, mas o teatro e a música, por exemplo, o trabalho ao vivo, até hoje não voltou. É muito triste porque envolve um número de profissionais que estão desempregados e estão numa situação difícil como boa parte do país”, lamentou.
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