Desempregado, Kadu Moliterno diz que se ofereceu para “Pantanal”
Por Redação - 03/06/22 às 14:45
No próximo dia 20 de junho, Kadu Moliterno completará 70 anos, e o presente mais aguardado pelo ator é um emprego. Em entrevista ao Splash, o inesquecível Juba, de “Armação Ilimitada”, fez um apelo a respeito do assunto que tanto o preocupa.
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“Aproveito a chegada aos 70 para pedir um emprego. Quero que as pessoas saibam que o Kadu quer e precisa trabalhar. Me perguntam: ‘Por que você não volta?’ E eu digo: ‘Porque não me chamam’. Muitos autores acham que a gente não quer trabalhar. Pelo contrário… A própria TV Globo me disse uma vez: ‘Quem não é visto, não é lembrado’. Aproveito a entrevista para lembrar os autores que estou aqui”, avisou o ator, dono de uma carreira de 52 anos.
Kadu acredita que a pandemia atrapalhou a contratação e a vida dos artistas mais velhos, tanto na TV, no teatro e no cinema. “O ruim é ficar parado, nem é não ter contrato fixo com a Globo. Parar de atuar depois de 50 anos de carreira é como se aposentar. Parece que a vida acaba”, desabafou.
Ainda assim, Kadu pensa que ser um veterano não seja a questão. “Vejo novelas no ar com personagens que têm o meu perfil. E vejo atores que estavam na novela anterior e foram puxados para a atual. Eles não chamam ninguém de fora. Claro, há uma crise grande, não só na TV Globo. Então, pensam: ‘se a gente está pagando alguém aqui na casa, por que vamos chamar o Kadu?’. Por isso, chamam os mesmos atores. Mas o público percebe a repetição”, pensou ele.
O ator ainda revelou que se ofereceu para trabalhar no remake “Pantanal”. “‘Pantanal’ tinha personagem para mim. Há muito tempo, quando soube que ia rolar, andei ligando para o autor e o diretor para me colocar à disposição. Sinto que eles pegaram o pessoal que já está lá dentro”, afirmou ele, que na novela “Paraíso” (1982) deu vida ao peão Zé Eleutério.
Em ano eleitoral, o artista preferiu não dizer se é uma pessoa de esquerda ou direita, mas fez questão de frisar que quer uma pessoa no poder que possa fazer algo pela causa lgbtqia+.
“Mas não deixo de falar de assuntos que mexem com a vida das pessoas. Vou lutar pelo povo, por questões ambientais, contra a homofobia… O meu filho mais novo (Kenui, de 25 anos) é gay. Tenho orgulho muito grande dele levantar essa bandeira. Ele mora fora do país e tenho medo quando ele vem para cá. O nosso país é muito preconceituoso”, completou.
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