Dia Internacional da Mulher: Globo presenteia com Falas Femininas

Por - 08/03/21 às 06:00 - Última Atualização: 6 abril 2021

Reprodução/Instagram/Montagem

Cinco diferentes mulheres ganham protagonismo em Falas Femininas, especial que a Globo exibe em 8 de março, Dia Internacional da Mulher. O programa, com uma equipe majoritariamente feminina, liderada pelas diretoras Antonia Prado e Patrícia Carvalho, destaca as trajetórias inspiradoras, valoriza a potência da mulher brasileira e provoca uma conversa franca sobre alguns dos dilemas femininos da atualidade.

Em formato documental, a equipe acompanhou, num primeiro momento, o dia a dia de cinco mulheres, que representam o País em sua diversidade cultural, social, racial e religiosa. A segunda etapa do projeto foi gravada nos Estúdios Globo, em São Paulo, onde elas se encontraram em um bate-papo mediado pela apresentadora Fabiana Karla.

"Quando começamos a escutá-las, nos reconhecemos em muitas dessas histórias, nos reconhecemos nas dores, nas vontades, nos receios, nos desejos, e isso traz sororidade. Todos vão se sentir contemplados com a beleza desse especial e com todo o conteúdo que vamos oferecer. Na verdade, conteúdo que elas têm para oferecer, já que elas são as estrelas", declarou a artista.

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Merecida homenagem

A busca por essas personagens começou em novembro do ano passado, e, em janeiro desde ano, tiveram início as gravações nas cidades de origem das protagonistas escolhidas.

“Esta homenagem mergulha na rotina de cinco mulheres que representam a brasileira real: batalhadoras que trazem dinheiro para dentro de casa, cuidam dos filhos, da limpeza, da comida. Cuidam muito de todos e pouco de si. O que estas mulheres têm para falar? Com o que elas sonham? Apesar de serem as mais numerosas proporcionalmente na nossa população, são as menos vistas, as menos ouvidas, as menos representadas. Falas Femininas quer ampliar essas vozes, ao mesmo tempo em que serve como um espelho, para que elas enxerguem e reconheçam seu próprio valor. A partir de uma câmera documental, sensível e cúmplice, o especial revela ao público e às próprias protagonistas a força e a beleza de suas histórias. Nem elas se viam assim”, observou a diretora Patricia Carvalho.

Saiba mais sobre o perfil das cinco mulheres:

Sebastiana do Santos Oliveira, a Tina – A diarista, de 47 anos, nasceu na Bahia, onde desde cedo começou a trabalhar em casa de família como empregada. Quando um dos irmãos se muda para São Paulo, pega o mesmo rumo. Na capital paulista, trabalha faz faxina em residências, empresas, cozinha para eventos. Atualmente, mora com os dois filhos (18 e 8 anos). Sempre pagou todas as contas sozinha. Estudou só até a quarta série e diz que isso atrapalha muito para conseguir trabalho. Se considera uma mulher de fé, mas não “segue placa”, ou seja, não tem religião.

Cristiane Sueli de Oliveira – A auxiliar de enfermagem, de 44 anos, nasceu e mora em São Paulo. Está separada há dois anos, e mora com os quatro filhos (23, 18, 13 e 7). Ela se divide entre a rotina no hospital, onde trabalha na linha de frente do combate à covid-19, e cuidado deles. Na parte da manhã, o filho mais velho é quem cuida do mais novo, mas também conta com a ajuda da mãe e da irmã para cuidar dos filhos. Cristiane gosta de ir para academia, churrascos e para a igreja, junto da família, que é toda evangélica.

Carol Dall – A estudante universitária, de 26 anos, nascida em Bonsucesso, foi criada em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio. E, inspirada na prima Ana Lucia, que é pedagoga, Dall resolveu ser professora também. Trabalhou para pagar o próprio cursinho pré-vestibular, e hoje, estuda na UFRJ, onde está concluindo a faculdade de Geografia. Ela se forma em meados de março, e com sua trajetória estimulou a própria mãe, Eliane, a voltar para a escola. As duas são muito amigas e ela morre de orgulho de filha, que também escreve poemas, é slammer, e, nas batalhas de poesia, expõe suas vivências. Dall está gravando seu primeiro disco de rap e a mãe é sua grande inspiração.

Gleice Araújo Silva – A ambulante, de 29 anos, é mais conhecida como Ruana. Ela mora com marido e as três filhas (6, 5 e 4 anos). Ele é militar, e ela tem uma barraca de drinks na praia. Fora da alta temporada, complementa sua renda vendendo comida e drinks em eventos, por encomenda. Filha de uma baiana de acarajé, vê sua mãe como exemplo de mulher forte e independente. Sempre que pode, se dedica à sua religião, o candomblé.

Maria Sebastiana Torres da Silva – A sanfoneira e agricultora, de 59 anos, nasceu em São Raimundo Nonato, no Piauí. Aos 6 anos, encontrou uma antiga sanfona que havia sido abandonada por parente. Limpou, cuidou e aprendeu a tocar sozinha. Logo começou a receber os convites para ir tocar em casamentos e animar aniversários. Não frequentou a escola porque tinha que trabalhar na roça para ajudar a família. Teve nove filhos, sete estão vivos e é avó de 14 netos e continua a trabalhar como agricultora. Em 2019, entrou em uma escola para alfabetização para adultos, onde aprendeu a escrever seu nome e sonha escrever um livro de próprio punho. É muito vaidosa. Tem muitos vestidos com brilhos para as apresentações. 

Para valorizar a trajetória das cinco, o especial termina prestando uma grande homenagem a cada uma delas. Ao final do encontro em São Paulo, elas foram convidadas a participar de um ensaio fotográfico.

Falas Femininas integra o Projeto Identidade, que transforma em especiais de TV importantes temáticas da agenda social que estão vinculadas a datas do calendário, como o Dia Internacional da Mulher. A primeira temporada teve início em novembro de 2020, com o Falas Negras. Então, se liga: o programa irá ao ar no dia 8 de março, depois do Big Brother Brasil. O especial também terá exibição no GNT, no dia 10 de março, às 23h30, logo após o Saia Justa.  

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