Do country para o mundo: As fases e estilos de Taylor Swift
Por Redação - 29/11/20 às 00:00
Taylor Swift com certeza é um marco no mundo musical. Navegando por muitos mares ao longo da carreira, a artista começou no country, ainda adolescente, amadureceu com o pop e agora desbrava além com o folk.
Eleita a artista do ano no American Music Awards pela sexta vez, batendo o recorde da cerimônia, a cantora passou por muitas fases ao longo dos anos e marcou muitas gerações com as letras das suas músicas.
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Pensando nisso, OFuxico trouxe um pouquinho da trajetória da artista, que vem se reinventando a cada produção e encantando os fãs.
Vem conferir!
Era Country
A fase inicial sempre é a mais difícil para qualquer artista, cheia de portas fechadas, pessoas que não colaboram com o seu crescimento e que duvidam constantemente do seu talento.
De porta em porta Taylor saiu entregando as suas composições, e não se deixou abalar pelas respostas não muito positivas. Em 2006, o seu primeiro single veio a tona: Tim McGraw
De cara, a cantora conquistou grandes posições com o country raiz em seu primeiro álbum, Taylor Swift, marcado por canções como Our Song, Teardrops On My Guitar, Should’ve Said No e Picture to Burn.
Ainda no country, Taylor já começava a despontar em outros países do mundo deixando sua marca registrada. Foi aí que a cantora resolveu jogar os seus sentimentos em mais um álbum, Fearless. Nessa era, grandes canções ficaram marcadas, principalmente o hino atemporal do country-pop You Belong With Me e a romântica Love Story.
Foi nessa época que Taylor passou por um dos momentos mais difíceis e embaraçosos da sua carreira. Ao receber o prêmio de Melhor Vídeo Feminino com o clipe de You Belong With Me, a cantora teve o seu agradecimento interrompido por Kanye West, que afirmou que o prêmio merecia ser dado à Beyoncé.
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"Estou feliz por você, mas Beyoncé fez um dos melhores vídeos de todos os tempos", disse o artista, depois de tirar o microfone das mãos da premiada, deixando-a totalmente sem reação. Na época, Taylor tinha apenas 19 anos de idade.
A mudança um pouco perceptível começou com Speak Now, onde ficou claro que Taylor não via problemas em expor situações amorosas de sua vida e até mesmo a parte não tão legal delas, como desafetos ou outros sentimentos. O álbum continuou com o country e com uma pitada de folk, que ficou mais explícito em músicas como Long Live, Mine, Mean, e Speak Now.
Transição ao mundo pop e Red
“CauseI knew you were trouble when you walked in” ou “We are never ever ever getting back together” são partes de refrões que não saem da cabeça!
Taylor amadureceu com o pop e encantou o público com as suas letras. Canções como 22, Everything Has Changed, Begin Again, All Too Well, marcaram a mudança de estilo da cantora, que foi deixando o country para trás aos poucos e trilhou o seu caminho no mundo pop. O álbum Red, lançado em 2012, foi super bem recebido e foi considerado pela Billboard como o melhor da cantora.
1989: O start oficial no mundo pop
No entanto, foi o álbum 1989 que marcou oficialmente a nova fase na vida da artista.
A mudança, de início, fez com que os fãs da cantora temessem uma mudança drástica em sua sonoridade. Mas Taylor mostrou que veio pra ser diferente dos demais e cumpriu mais do que bem a sua missão.
Recheado de competentes construções, o álbum representa uma brusca e adorável mudança em seu estilo, encontrando um equilíbrio quase perfeito entre suas raízes e sua nova perspectiva.
A cantora reafirmou o seu talento para composições sobre amor e tudo o que ele causa. Além de ter mostrado que ela arrasa em qualquer estilo.
A treta com Katy Perry também marcou uma das músicas de seu álbum. Tudo começou quando Katy deu uma entrevista à Rolling Stone e sem citar nomes, falou de uma cantora que tentou sabotar sua turnê inteira. Em seguida, Perry acabou confirmando que se tratava de Taylor Swift.
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Desde então, as duas trocaram uma série de alfinetadas e indiretas nas redes sociais, levando a briga inclusive para seus álbuns: Swift lançou o hit Bad Blood, e Katy com a música Swish Swish. Tudo isso por causa da agenda de um dançarino que trabalhava para as duas. No entanto, as duas se resolveram alguns anos depois (2016).
"Decidimos uma metáfora para o que acontece na mídia: eles pegam duas pessoas, e é como se tivessem derramando gasolina por todo o chão. Tudo o que precisa acontecer é um movimento em falso, uma palavra errada, um desentendimento, e um palito de fósforo é aceso e jogado no chão. Foi o que aconteceu com a gente. Era: quem é melhor? Katy ou Taylor? Katy ou Taylor? Katy ou Taylor? Katy ou Taylor? A tensão era tamanha que acaba ficando impossível não achar que a outra pessoa tem algo contra você”, contou Taylor em entrevista à Vogue Americana.
Reputation: A vingança
"Sinto muito, a velha Taylor não pode atender o telefone agora. Por quê? Oh, porque ela está morta!"
Sem sombras de dúvidas, o álbum Reputation foi um dos lançamentos que mais surpreendeu os fãs de Taylor. Depois de ter se envolvido em muitas polêmicas, a artista retorna com uma imagem mais vingativa, por tudo o que a mídia pintou sobre a sua carreira.
A cantora pegou todos os rumores ruins sobre ela e deu a volta por cima, transformando tudo em canções que fizeram muito sucesso.
Dentre as polêmicas que mais marcaram à época, a principal foi o seu desentendimento com o Kanye West. Em 2016, Taylor Swift se sentiu ofendida com os versos da música Famous, de Kanye, e criticou o rapper na internet. Na música, ele diz: "I feel like Taylor Swift still owe me sex / I made that bitch famous" ("Eu sinto que Taylor Swift ainda me deve sexo / Eu fiz essa vadia famosa"), fazendo referência ao VMA de 2009, quando interrompeu os seus aagradecimentos.
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No entanto, Kim Kardashian, mulher de West, divulgou na rede social Snapchat trechos de uma ligação na qual os dois cantores conversam sobre a música, antes de ela ser lançada – e Swift parece concordar com o trecho que havia criticado. Na época, a cantora foi chamada de mentirosa, e se defendeu alegando que os vídeos de Kim mostravam apenas trechos da ligação, reforçando que ela não foi avisada do teor das citações ao seu nome. Não só essas como várias outras polêmicas deram início à uma onda de cancelamento contra a artista, o que marca demais as suas composições. Neste ano, quatro anos depois do ocorrido, que os internautas constataram que Kim havia editado os áudios para dar a entender que Swift estaria mentindo ao justificar que não sabia da letra completa.
Lover: Os aprendizados
Depois de Reputation, a cantora tinha diversas escolhas a tomar, inclusive insistir em um caminho mais sinistro, lapidando uma figura vingativa que nasceu na época. Ao invés disso, Taylor decidiu estabelecer o álbum como um ponto fora da curva e ousou a voltar ao seu território familiar em seu sétimo álbum, Lover, apostando novamente no que sempre a fez relacionável e atraente: sua genuinidade. Ainda, apesar de marcar um retorno à forma, Lover não é um retrocesso, e muito pelo contrário. A volta da cantora transmite um amadurecimento baseado em aprendizados. No álbum, a compositora revela algumas de suas melhores letras e explora um território até hoje intocado, o político.
Em Lover, ainda é possível ouvir elementos de diversos gêneros musicais como o pop rock, dream pop, bubblegum pop, funk, pop punk, R&B e electropop.
Folklore
Em seu documentário Miss Americana, disponível na Netflix, Taylor ressalta uma frase importante para se ter em mente no universo do entretenimento pop.
“As artistas mulheres que eu conheço tiveram que se reinventar 20 vezes mais do que os artistas homens. Elas precisam fazer isso ou perdem o emprego”.
Foi isso que Taylor Swift se propôs a fazer, mais uma vez, com o novo projeto. O disco apareceu como uma surpresa na quarentena para os fãs da cantora e de música pop em geral. Um dia antes, Taylor apareceu nas redes sociais para anunciar a novidade e exibir a nova estética do trabalho, a qual é bem diferente do que antes visto em Lover, em que as cores e os elementos vibrantes marcavam a era.
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Ao contrário de Reputation, que trouxe a artista como uma vingadora do que a mídia pintou dela, combinada com uma boa dose de publicidade, Folklore nos leva até a cantora que virou ídolo dos adolescentes em 2007: dando melodia às anotações que ela escrevia em seu diário, em que falava sobre términos e feridas profundas de um amor que, aos 17 anos, podem não ser tão relevantes no futuro, mas são escandalosas da sua própria forma.
As músicas August, Betty e Cardigan são algumas das principais coerências do álbum. Para as faixas, Taylor criou arcos de personagens e temas que apontam quem está cantando sobre quem em narrativas que se complementam.
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