Dramas de motogirl podem definir favoritismo para prêmio do BBB6

Por - 12/01/06 às 19:03

Divulgação/TV Globo

Por sua condição social, a paulistana Léa Alves Ferreira,  25 anos, é uma das mais fortes candidatas ao prêmio de U$ 1 milhão do Big Broter Brasil 6. Essa, pelo menos, é uma das principais tendências mostradas nas edições anteriores. Foi assim com a babá Cida e o vendedor de coco Bambam.

Além de seguir uma linha semelhante no quesito financeiro, a motogirl tem ainda fatos trágicos em sua vida, típicos das heroínas de folhetins mexicanos. A moça teve a vida marcada por duas tragédias. A primeira, como já foi noticiada,  envolve a morte trágica de sua mãe, atropelada em 1991. A segunda, foi o assassinato do irmão Luciano, de 26 anos, dois anos depois. Essa e outras revelações sobre a vida da motogirl da Zona Leste de São Paulo, OFuxico apurou com Lilian, uma das três irmãs da moça.

Léa é filha de João e Josefa. Tem como irmãs, além de Lílian, Cristina e Luciele. Além do sobrinho que ela cria, Gudo (filho de Luciele), Léa mora no mesmo quintal que Lílian e o marido, José, bem como as filhas do casal: Mayara e Juliana.

Em conversa com a reportagem de OFuxico, Lílian, irmã da motogirl, moradora do mesmo bairro, o Cidade Líder, inicialmente falou sobre a morte do irmão:

“Não sei bem o que aconteceu. Me contaram que ele estava num ônibus de viagem e foi assassinado. Uns dizem que ele foi assaltado e reagiu, outros contam que ele estava assaltando”.

Questionada sobre o passado de Luciano, Lílian contou que a conduta dele foi um pouco complicada:

“Quando ele (Luciano) era molecão, se envolveu com isso (assalto). Chegou a ser preso uma vez, mas quando isso (morte) aconteceu, ele estava trabalhando, ganhando o dinheiro dele. Estava na paz”.

Conforme OFuxico já havia noticiado, Léa também perdeu a mãe, Josefa, que foi atropelada no dia 3 de dezembro de 1991, na Cohab 1, periferia de São Paulo, quando a BB tinha apenas 11 anos.

“Ela (Léa) viu tudo, ficou em tamanho estado de choque que nem conseguiu chorar no velório, ocorrido no prédio onde morávamos. Ela só chorou e desabafou no velório do meu irmão, anos depois”, contou Lílian.

Empregos

Léa, que apelidou sua moto, uma Honda Bis preta, de “Bisorinho”, trabalha como motogirl há quatro anos e meio, mas já se aventurou em outras profissões.

A paulistana já foi caixa de um mercado e secretária de uma oficina mecânica. Foi neste local, aliás, que Léa teve a oportunidade de ter sua primeira moto.

“Ela sempre quis uma moto, mas não preenchia as condições necessárias. Daí o patrão dela comprou no nome dele e ela foi pagando com muito esforço”.

Além de perigosa, a profissão de motogirl não coloca altas cifras na conta bancária. OFuxico apurou que uma motogirl, quando credenciada em uma empresa, ganhando por frete, recebe algo em torno de R$ 1000 a R$ 1500, por mês.

Acidentes

Durante todos os anos que tem trabalhado de moto, Léa se acidentou apenas duas vezes, mas nada grave.

“Uma vez, ela enganchou uma peça da moto em um caminhão. A segunda, um carro bateu na moto e ela perdeu o equilíbrio e caiu. O rapaz chegou a socorrer, mas não aconteceu nada de grave. Ela só ficou com marcas na perna e no braço”, revelou Lílian.

Namorado

Dois meses antes de entrar na casa do BBB, Léa conheceu Ildeson, seu atual namorado, um PM de São Paulo. A motogirl deixou sua casa na Zona Leste com a promessa de que voltaria para os braços do amado, ao final do reality show.

“Eles se conheceram num sítio, durante um churrasco da firma onde ela trabalha. Ela ficou perdida e mandaram ele para buscá-la. Lá eles conversaram e começaram a ficar. Até há pouco tempo eles ficavam se enrolando. Ela falava que estava ficando, mas ele deixava escapar e falava “minha namorada”. Só nos últimos dias ela assumiu”.

Vendo os galãs que participam do BBB, Ildeson, segundo a cunhada, já deu os primeiros sinais de ciúme e preocupação de uma possível traição.

“Ele assiste ao BBB aqui em casa e está morrendo de medo que ela se envolva com alguém. Se ela não tivesse assumido o namoro antes de sair, eu não colocaria minha mão no fogo por ela. Mas, como ela assumiu, agora, eu coloco uma “unhinha” no fogo por ela”, brincou Lílian.

Irmã que é irmã conhece os gostos, e Lílian arriscou dizer por quem Léa se interessaria na casa.

“Ela não liga para aparência. A Léa vê muito a personalidade do rapaz, mas acho que seria pelo Dan, aquele consultor técnico”.

O que faria com R$ 1 milhão?

Ganhando pouco e tendo que ajudar nas despesas da família, Léa já sabe o que fará com o prêmio de R$ 1 milhão, se vencer.

“Ela disse que vai tirar a gente daqui e dar estudo para as sobrinhas. Ela disse assim: “quando eu ganhar eu vou comprar um casa para você e para as meninas (sobrinhas). Vou montar uma padaria para vocês trabalharem e então vamos rachar os lucros. Quero também comprar casas, imóveis para alugar e viver de renda’”, contou Lílian sobre a vontade da irmã, que não pensa em deixar de seu aventurar em cima de duas rodas.

“Mas a primeira coisa que ela vai fazer mesmo é comprar uma moto boa, coisa pela qual ela tem paixão. É uma moto sport muito potente, é top de linha, muito show”.

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