Edu Porto começou a carreira como modelo fotográfico de academia

Edu Porto, no ar em José do Egito como Isaacar, sempre viu o esporte como sua válvula de escape. Nascido no bairro de Santo Cristo, no Rio de Janeiro, onde vive até hoje, Edu se formou em Educação Física antes de imaginar que poderia trabalhar na tevê.

"Desde os 19 anos, trabalhava como modelo, mas via como uma forma de ganhar uma grana extra", diverte-se.

De um jeito descontraído, o ator acabou se graduando no curso por ser sua matéria preferida nos tempos de colégio.

"Os professores que tive na escola foram grande referência na minha vida", conta.

O amor pela capoeira veio depois, há quatro anos. Fascinado pelos movimentos do esporte, resolveu praticá-lo. E, como toda atividade que desempenha, acabou se apaixonando.

"A capoeira dá uma base para viver. Se você se descuida, leva uma rasteira, exatamente como na vida", filosofa.  

Como todo aluno de capoeira, Edu não demorou a ganhar um apelido nas tradicionais rodas.

"Me chamavam de Novato no início, mas depois acabou ficando Dudu", lembra.

Graduado e apto a dar aulas, o ator é o pupilo da professora Juliana Gama. A Promessa, como é conhecida no meio do esporte, entrega que o ator tem alguns movimentos característicos, como o beija-flor, e os desempenha toda vez que joga. Ao lado da professora e do amigo Felipe Lyra, o Parafina, Edu comemora a volta ao esporte, já que está parado desde o início das gravações de José do Egito, em agosto de 2012.

"O bom é que é igual a bicicleta: você não desaprende a jogar", brinca. 

Além de servir para espairecer e relaxar, o esporte ainda permitiu que Edu ajudasse outras pessoas.

"Acho que pode mudar vidas", pontua.

Por isso, foi dar aulas grátis de capoeira para crianças carentes em uma comunidade carioca.

"Foi bom e ruim. Bom porque estava contribuindo para melhorar o mundo. E ruim porque tem muita criança ali que já está perdida", lamenta.

Já formado em Educação Física, Edu trabalhava como personal trainer e como professor em uma academia no Rio de Janeiro. Sua vida começou a tomar outros rumos quando foi convidado, pelo dono da academia, a fazer fotos promocionais do espaço.

"Passei um dia na maior mordomia, fingindo que estava malhando e ainda ganhei dinheiro! A partir daquele dia, meu ex-chefe perdeu um funcionário", conta, aos risos.

Quando descobriu que esse outro lado podia render bons frutos, começou a fazer aulas de teatro.

"Fiz todos os cursos que existiam no Rio de Janeiro. E, então, começaram a me chamar para fazer pequenas participações no teatro e na tevê", relembra.

Edu conseguiu o papel de Isaacar, um dos irmãos de José – interpretado por Ricky Tavares na fase jovem e por Ângelo Paes Leme na adulta –, por acaso. Em uma confraternização, encontrou o produtor de elenco Eduardo Pradela e recebeu o convite para atuar na minissérie de Vivian de Oliveira.

"Já havia sido convidado para fazer Rei Davi, mas estava em cartaz com uma peça e não pude aceitar", lembra.

Para ele, trabalhar na produção bíblica foi um resgate de valores. O elenco acampou por 12 horas no RecNov, o complexo de estdios de dramaturgia da Record, para aprender a arar a terra e a trabalhar com animais.

"Passamos todo aquele período comendo com as mãos, orando… Vivendo como eles viviam naquela época", relembra.

Antes disso, Edu participou de uma viagem de 25 dias ao deserto do Atacama, no Chile, para a gravação de algumas cenas.

"O pessoal sofreu muito com a altitude. Eu, por ser atleta, soube controlar meu volume de oxigênio", gaba-se, aos risos.

Mas a experiência no deserto não foi a única na vida do ator. Em 2009, ele participou do Viagem Sem Fim, do Multishow. No reality show, jovens viajavam ao redor da América do Sul e uma das paradas foi exatamente no deserto mexicano.

"Já tinha aprendido como me portar naquele clima", garante.

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