Elenco de JK chora, com final da minissérie

Por - 25/03/06 às 10:09

Felipe Panfili

A emoção tomou conta da Churrascaria Porção Rio’s, na zona sul carioca. Boa parte do elenco da minissérie JK assistiu junta à exibição do último capítulo, e chorou diante da cena do enterro de Juscelino Kubitschek.

Marília Pêra, na pele da primeira-dama Sarah Kubitschek, foi o ponto alto do capítulo. A mulher do presidente, contida ao longo dos anos, soltou toda a sua carga emocional nos momentos finais de vida do marido, que pontuou com sua morte a grande dor por um amor perdido.

“Valeu à pena. Gravamos até a meia-noite do dia 23, foi intenso. Durante toda a minissérie, a Sara esteve contida, era elegante até nos sentimentos. Foi um desafio, já que colocar a emoção pra fora é fácil, difícil é contê-la. Você corre o risco de ficar apagada. Nos dois últimos capítulos, Sarah se expôs, se soltou”, conta Marília.

A preparação das últimas cenas foi muito comemorada pela atriz. Ela atribui o bom resultado à dedicação de Amora Mautner, namorada de Marcos Palmeira, diretora da minissérie. 

“Tenho chorado diariamente, nos últimos dez dias, por causa das cenas. Aprendi muito sobre o amor, com Dona Sarah e a Amora Mautner. Essa menina extraordinária foi perfeita, na direção. Ela criou o final, a emoção do funeral de JK. Fiz tudo o que me pediu. Ela é muito criativa, uma pequena notável, que comanda um bando de homens com muita firmeza e competência”, destaca Marília Pera.

Dever cumprido

José Wilker, JK nas segunda e terceira fases, teve a sensação de dever cumprido.

“Essa fase final foi profunda. É natural se emocionar por conta do que aconteceu realmente, não é ficção. E emoção que sinto é a do dever cumprido”, diz ele a OFuxico.

Wagner Moura, o primeiro JK, estava num misto de emoção e preocupação. Acompanhado pela mulher, Sandra Delgado, grávida de quatro meses, ele perguntava a todo tempo se ela estava bem.

“Sandra precisa descansar, mas fizemos questão de estar aqui. Essa fase decadente do JK foi feita com muita beleza e forte emoção. Adorei o trabalho do Wilker. JK morreu muito amargurado, o que é de uma contradição enorme. Era um homem cheio de vida e otimista, um personagem muito intenso. Entrei numa vibração muito forte, a forma como ele morreu foi tocante”, diz Wagner Moura.

Alexandre Borges prestigiou sua mulher, Júlia Lemmertz, que viveu a mãe de JK na primeira fase. Ele não poupa elogios à amada.

“A interpretação da Júlia foi profunda, num nível que norteou a minissérie inteira. Mas, mesmo sendo marido, fã e devoto dela, tenho que destacar a maravilha de trabalho realizado pelo Wilker, a Marília Pêra, o elenco foi impecável”, diz Alexandre Borges.

Caco Ciocler que, ao lado de Débora Evelyn, foi o único que permaneceu nas três fases da minissérie, destaca a importância histórica desse trabalho.

“Quando se consegue conciliar trabalho e entretenimento, é ótimo. E, nessa minissérie, tivemos a importância de resgatar o retrato de brasilidade, uma história tão recente que as pessoas não lembravam. Acho bárbaro aliar a profissão ao serviço social”, destaca.

Reynaldo Gianecchini acompanhou Marília Gabriela. Logo após a exibição do capítulo final, o casal voltou pra casa, mas Gabi, em breve conversa com a reportagem de OFuxico, fala do sucesso desse trabalho.

“Foi muito bom, tudo impecável, direção e atores perfeitos, todos torcendo para que fosse concluído com o mesmo esmero do início. Fico orgulhosa de ter participado desse momento”, diz Marília.

Camila Morgado, Débora Evelyn, Debora Bloch, Rafaela Mandelli, Luiza Mariani, Guilhermina Guinle, entre outros, também assistiram ao final de JK na churrascaria.

 

 

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