Em Londres, Angelina Jolie abre centro para mulheres em zonas de guerra

Angelina Jolie abriu um centro em Londres para ajudar a combater a violência contra as mulheres em zonas de guerra. A atriz e o ex-ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, uniram forças para anunciar o novo centro acadêmico, intitulado de Centro sobre Mulheres, Paz e Segurança, na London School of Economics (LSE) na última terça-feira (10).

A atriz e diretora, que voltou recentemente do Iraque, onde se encontrou com milhões de refugiados que ficaram desabrigados devido à violência do Estado Islâmico, disse: "Estou animada com o pensamento de todos os alunos nos próximos anos que vão estudar neste novo centro. Não há futuro estável para um mundo em que os crimes cometidos contra as mulheres fiquem impunes. Nós precisamos da próxima geração de jovens educados com mentes curiosas e energia fresca, que estão dispostos não só a se sentar na sala de aula, mas ir a campo e aos tribunais para fazer uma diferença decisiva".

O centro tem como objetivo educar as pessoas e aumentar a consciência sobre os atos horríveis que as mulheres sofrem em zonas de guerra e espera terminar a isenção de punição para aqueles que cometem estupro e violência sexual na guerra.

Angelina também falou sobre a importância do centro para as pessoas, tais como uma menina iraquiana que ela recentemente encontrou que foi vítima de violência sexual.

"Se você fosse me perguntar para quem eu acho que este centro é, vejo alguém que não está nesta sala hoje. Penso em uma garota que conheci no Iraque há três semanas. Ela tem 13 anos, mas em vez de ir para a escola, ela se senta no chão em uma tenda improvisada. Agora, ela talvez nunca seja capaz de completar sua educação, ou se casar ou ter uma família, porque em sua sociedade vítimas de estupro são evitadas e consideradas vergonhosas. A meu ver, o que estamos começando hoje no LSE é para essa menina iraquiana e outras como ela".

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