Emanuelle Araújo sobre aglomeração no Carnaval: ‘Absurdo’
Por Redação - 26/02/21 às 07:00 - Última Atualização: 6 abril 2021
O mês de fevereiro já está no fim e com ele a sensação de que o ano ainda não começou, já que o Carnaval, uma das festas mais populares do Brasil, não aconteceu.
Foi com esse sentimento que conversamos com a cantora e atriz, Emanuelle Araújo que falou com exclusividade com OFuxico sobre a conscientização de curtir a folia dentro de casa; Malhação Sonhos; a exposição de famosos no BBB21 e sua preparação para o musical Chicago.
Carnaval Virtual
“Eu sou uma pessoa que participa do Carnaval há muito tempo, na verdade, é uma festa que faz parte da minha vida há muitos anos desde muito jovem. Todos nós brasileiros, cidadãos, carnavalescos, nos sentimos muito frustrados, mas junto a isso vem o compromisso, a responsabilidade. É um momento muito delicado. Precisamos ter os pés na realidade. O espírito do carnaval existe em mim. O que eu procurei foi acionar esse espírito que vai além das festas, da rua, tem a ver com sincronizar as energias que o Carnaval proporciona", começou.
"Vivemos o Carnaval das lives, da playlist, e de alguma forma eu me senti vivendo o carnaval do jeito que é possível no momento. E mais do que nunca nós estávamos precisando dessa alegria que o Carnaval impulsiona, só que com responsabilidade. Eu acho um absurdo as pessoas que saíram. Um absurdo as pessoas que se aglomeraram. Foi extremamente possível estar dentro da minha casa, feliz, mesmo com este momento difícil”, argumentou.
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Malhação Sonhos versus realidade
Em Malhação Sonhos, que está sendo reprisada na Globo, Emanuelle interpreta Dandara, uma mulher batalhadora que cria o filho sozinha, uma realidade compartilhada por muitas mulheres brasileiras.
“Eu acho que as novelas em geral, vivem colocando conflitos que em algum momento as pessoas que assistem se identificam. Com certeza, essa questão da maternidade, da mulher que cria o filho sozinha, é uma realidade muito comum no Brasil, principalmente. É óbvio e muito claro pra mim que muitas mães que são solteiras e criam seus filhos, às vezes não solteiras, mas separadas como é o caso da Dandara, se identificam. Eu acho bacana, inclusive como atriz, porque na hora em que eu estou ali vivendo aquela personagem, aquela história, aquele conflito, eu tenho todo um cuidado em contar essa história. Claro que o texto é dos autores, mas a forma como eu coloco a minha sensibilidade, os meus sentimentos, me faz pensar muito em todas as pessoas que estão assistindo e se identificando”, disse.
Historicamente as mulheres trabalham fora, cuidam da casa e da família e com a pandemia esses desafios aumentaram, mas com a Emanuelle as atividades da casa fluem de forma diferente.
“Eu não vivo isso na minha casa há muito tempo, porque sou uma mulher que trabalha fora, eu não tenho rotina porque tenho muitos trabalhos em lugares diferentes. Sou uma pessoa que tem muito cuidado e zelo pela minha casa, mas eu sempre tive pessoas que me assessoraram de alguma forma, quer dizer, a minha própria filha, o meu companheiro e as pessoas que me ajudam. Neste período foi absolutamente o inverso, no momento da quarentena quando tudo começou, nos primeiros seis meses fiquei sem colocar os pés na rua. Eu aproveitei pra cuidar da minha casa. Hoje eu praticamente faço a minha própria comida, cuido dos detalhes da minha casa, e tem uma pessoa que me ajuda em alguns momentos. Os trabalhos fora de casa ainda não estão num ritmo como o de antes. Mas em relação aos cuidados com a casa, eu acho que isso está mudando. Se é uma opção é maravilhoso, agora não tem que ser uma imposição, ou uma situação para a mulher. Em casa, eu e o meu companheiro dividimos absolutamente tudo, em alguns momentos, ele faz mais do que eu. Essa questão de gênero, de determinar afazeres, está caindo por terra. A gente tem que fazer o que tem vontade, deseja e precisa. É pra isso que o mundo está caminhando e precisa caminhar.”
Exposição no BBB
Sem muito tempo para acompanhar a edição do BBB21, Emanuelle fica sabendo por alto sobre o que tem rolado no reality show.
“Eu não posso falar muito porque não tenho assistido tanto. Estou envolvida com projetos que estou confabulando, claro que as polêmicas são imensas, claro que escuto uma coisa aqui outra ali, já assisti um dia ou outro pra entender o que está acontecendo. O que eu posso dizer é que é um programa, um jogo onde as pessoas são filmadas 24 horas por dia, e isso faz com que elas estejam expostas a todo tipo de comentário, a todo tipo de situação. O que não podemos esquecer é que é um jogo. Dentro deste jogo, existe sim, o julgamento, o elogio, mas a meu ver precisamos entender que é um jogo. Podemos ter opiniões errôneas com algumas pessoas lá dentro, não gostar de uma atitude de alguém, ficar chateado, faz parte do jogo, mas sou absolutamente contra os cancelamentos. Acho chatíssimo. As pessoas podem ser o que elas são e dentro do que elas são, você pode gostar ou não”, finalizou.
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Musical
Se preparando para o seu primeiro musical, Chicago, a atriz disse que está descobrindo sua técnica para cantar, dançar e atuar ao mesmo tempo.
“Estou fazendo aulas de preparação de corpo, de dança e de fôlego. Eu fiz teatro a minha inteira, cantei a minha vida inteira, tenho experiência de carnaval, de trio elétrico, então fôlego não é algo muito difícil pra mim. É um desafio por ser o meu primeiro musical. Estou fazendo aulas de balé clássico, nadando no mar aberto, mas confio muito no taco da diretora”, disse.
“Estou muito animada porque é uma personagem que me seduz muito e quando um personagem te captura e a Velma Kelly só de pensar me dá muita paixão, com certeza vai me deixar mais focada no meu objetivo. Quando aconteceu a pandemia em fevereiro do ano passado, eu estava a caminho de Nova York pra assistir o musical, mas tem várias interpretações, há vários conteúdos musicais, apesar de ser uma versão brasileira, mesmo com toda produção da Broadway”, completou a atriz, que apesar do musical estar sem data de estreia, deve acontecer no segundo semestre deste ano, seguindo todos os protocolos de segurança.
Envolvida também com alguns filmes que deveriam ter sido lançados no decorrer do ano passado, Emanuelle, por enquanto, fica na expectativa de conseguir ver seus trabalhos na telona. Filmes como: Diário de um Intercâmbio, O Barulho da Noite e Meu Sangue Ferve Por Você.
“Esses filmes estão na iminência de serem lançados no primeiro semestre, mas estamos na expectativa com as questões de lançamentos que estão todas envolvidas com a pandemia”, explicou Emanuelle que aproveitou para se dedicar também ao álbum Quero Viver Sem Grilo, uma homenagem ao artista Jards Macalé.
“É um álbum importante porque é um projeto antigo. O Jards é um artista que admiro, me inspiro. Ele é um artista que esteve muito atuante na arte de uma forma pulsante, verdadeira e corajosa. Eu tive esse desejo realizado. Foi frustrante ter cancelado a turnê, mas eu fiz um show online. Coragem é o que mais me estimula na obra do Jards. Ele é um artista extremamente original que sempre seguiu sua cabeça, seu extinto. Essa coragem me dá muita esperança como artista. Lancei este disco sem ter a menor ideia que viria uma pandemia, mas fiquei feliz por causa da poesia. O Jards é um artista que vai nos sentimentos profundos e precisamos sair da superficialidade. Precisamos colocar os pés na realidade”, concluiu.
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