Entenda o ritual da Cientologia, que uniu Tom Cruise e Kate Holmes

Por - 19/11/06 às 15:19

Grosby Group

O assunto do momento é o casamento de Tom Cruise e Kate Holmes, evento que mobilizou a mídia mundial neste sábado (18) e levou uma caravana de celebridades a viajar para Roma, na Itália, onde os astros selaram seu amor durante uma cerimônia baseada nos princípios da Cientologia, religião seguida por Cruise. Entenda como é essa cerimônia e quais são os diferenciais existentes em relação às tradicionais cerimônias católicas.

O casamento do ano fez com que Jeff  Quiros, o presidente da Igreja de Cientologia de São Francisco, nos Estados Unidos, virasse personagem disputado pelas televisões americanas. Foi ele quem celebrou a união.

Embora muitas pessoas pensem que a cerimônia da Cientologia envolva  rituais estranhos, dirigentes da igreja explicam que isso não passa de folclore. Na verdade, o ritual é semelhante a qualquer outro casamento.

"É extremamente tradicional. Aliás, se alguém assistir a um casamento sem saber de nada, não será capaz de encontrar qualquer diferença”, explicou Jeff à rede CBS.

A Cerimônia

A família da noiva senta-se em um lado e a do noivo no outro.
Ao lado dos noivos, são colocados vários livros escritos sobre os estudos de Dianética.

No altar, existe um busto de Lafayette Ron Hubbard (1911-1986), o fundador da igreja, considerado um guru para os seguidores.

O pai da noiva entrega a filha ao noivo. E diante do pastor da igreja, eles se encaram e fazem seus votos para uma vida em comum.

Existem cinco cerimônias diferentes, que os noivos podem escolher. Tom Cruise optou pela que é  chamado na Cientologia de cerimônia tradicional, a mais popular dentro da igreja, batizada de Doublé Ring "Anel Duplo”.

Trata-se de um ritual onde as alianças são colocadas dentro de um Triângulo que simboliza as normas seguidas pelos fieis. Diante dos convidados, o pastor pede que todos imaginem que cada uma das alianças tem dentro dela um triângulo que representa os três pilares da crença:  Afinidade, Realidade e Comunicação (ARCO).

Lafayette Ron Hubbard (1911-1986), fundador da igreja de Cientologia, escreveu o texto dessa cerimônia em 1950.

O noivo faz uma promessa de conduta à noiva. Nela, ele promete lhe dar de tudo, de uma panela a um gato, dizendo uma frase, mais ou menos assim: "Mulheres necessitam roupas, alimento, uma felicidade terna, babados, uma panela, um pente e talvez um gato."

Pastores da Cientologia explicam que é preciso entender que o gato simboliza os sentimentos. Que os noivo precisam entender que estão assumindo o compromisso de um relacionamento duradouro e que, para que isso aconteça, é fundamental que um preste atenção nas necessidades do outro.

O casal faz ainda um pacto com palavras, que querem dizer mais ou menos isto: "Daqui em diante, nós jamais fecharemos nossos olhos para dormir num triângulo quebrado." Ou seja, eles concordam que nunca fecharão os seus olhos e dormirão em um clima de discórdia. Ou seja, eles jamais irão para a cama sem antes solucionar qualquer problema existente entre eles.

A igreja da Cientologia foi fundada nos Estados Unidos em 1954 e tem oito milhões de seguidores pelo mundo.

Clique aqui e veja uma reportagem da CBS que simula uma cerimônia de casamento na Cientologia.

O Mestre

 

L. Ron Hubbard fo o fundador da Cientologia, pregou que “Para conhecer a vida, você tem que fazer parte da vida. Você deve descer lá e olhar, você deve entrar nos cantos e recantos da existência e você deve contatar com toda a espécie e tipos de pessoas antes de poder finalmente estabelecer o que o Homem é”.

Seus livros já venderam mais de 160 milhões de cópias e estão espalhados por todo o mundo

Filho de um primeiro oficial da marinha dos Estados Unidos estudou Freud, mas rejeitou a teoria Freudiana como impraticável e irrealizável sua conclusão fundamental foi de que “algo pode ser feito acerca da mente”.

Hubbart passou sua vida estudando e viajou ainda pela Ásia, onde freqüentou o interior do sagrado convento de lamas Tibetano, nas Montanhas Ocidentais da China. Depois disso teve contato intenso com o que chamam de “o último na linha de mágicos reais da corte de Kublai Khan”. Depois de longas incursões pela filosofia oriental, chegou começou a pregar que “o conhecimento fechado à chave em livros bolorentos é de pouco uso para alguém e, portanto carece de valor, a menos que possa ser usado”.

Freqüentou cursos de engenharia, matemática e física nuclear na Universidade de George Washington, estudou algumas das 21 raças e culturas – das tribos Índias do Noroeste do Pacífico e dos Tagalogs das Filipinas aos Jíbaros de Porto Rico.

Na Segunda Guerra Mundial testou seus estudos sobre a mente humana testados no hospital naval de Oak knoll no Norte da Califórnia onde esteve internado após ser ferido em combate. Suas pesquisas foram testadas em prisioneiros dos campos de concentração que já estavam desenganadas pela medicina convencional. Conta-se que, a aplicação das técnicas dos seminários de Dianética, conseguiu recuperar vários feridos desenganados.

EM 1950 publicou Dianética: A Ciência Moderna da Saúde Mental, texto que falava sobre a mente humana. A obra atingiu de imediato o topo da lista de best sellers do The New York Times e. tornou-se o livro sobre a mente humana mais lido e usado em toda a história, com 20 milhões de cópias em circulação. Hoje esta editada em 150 paises e em mais de 50 línguas.

Esses seus textos formaram as bases da religião de Cientologia, o estudo do espírito em relação a si mesmo, universos e outras formas de vida. E culminou, em 1954, na fundação da Igreja de Cientologia, em Phoenix, Arizona.

 

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