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Entrevista antiga de Clodovil no Programa Silvio Santos causa e viraliza na web

(Foto: Divulgação/ SBT)

Se há alguém considerado atemporal, essa pessoa é Clodovil Hernandez. O falecido estilista, que nos deixou em 2009 em consequência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), foi uma das atrações entre os convidados que deram o que falar, exibidos na noite de domingo, dia 18 de julho, no “Programa Silvio Santos”.

Clô foi a estrela do quadro “Nada Além da Verdade” e respondeu às mais desafiadoras questões feitas por Silvio Santos, sem deixar de comentar nenhuma polêmica. Ele contou que foi “colocado pra fora da Rede TV!”, entre outras revelações. O resultado não poderia ter sido outro: entrou para os assuntos mais comentados da web.

“Perdi um trabalho que tinha adoração por ele. Eu nunca fiz um trabalho na televisão que eu tivesse tanto amor como o ‘A Casa É Sua’. Existia uma coisa de amor no trabalho da gente e era todo santo dia. Eu ía com uma alegria pra televisão, vontade de chegar na emissora. E fui posto pra fora de lá por uma amante de uma das pessoas de lá, fazer o que, né?”, disparou o estilista.

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“Não vãos contar a história porque isso já foi contado em juízo”, desconversou Silvio Santos.

Clô falou ainda sobre família, homossexualidade e outros temas. Artistas e fãs comentaram a entrevista, exibida originalmente em dezembro de 2008, no SBT.

Mansão aos pedaços

Um oásis particular. Assim era considerada a mansão de Clodovil Hernandes em Ubatuba, no litoral de São Paulo. Construído no alto de um morro, o imóvel de 4.375 mil metros quadrados foi cenário de suntuosas festas, serviu também locação para seus programas e foi objeto de desejo de seus admiradores. Doze anos após a morte do artista, a mansão está abandonada.

Em meio a uma área de preservação ambiental, estão nove quartos, 12 banheiros, piscina, sauna, banheira de hidromassagem, lago, capela, além de cômodos com vista de tirar o fôlego para a Praia do Léo. A casa tinha salas exóticas, vaso sanitário ao ar livre com vista para o mar, passagens secretas, além de uma linda suíte. Agora, praticamente tudo está tomado pelo mato.

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Após a morte de Clodovil, em 2009, a residência nunca mais foi habitada. As depredações causadas pelo abandono foram duras com o espaço, que não atrai olhares de compradores há anos.

O preço do imóvel estimado em R $ 1,5 milhão, já baixou 40%. O primeiro leilão foi em novembro de 2017. No segundo, em março de 2018, ninguém formulou um lance oficialmente. Em 2019, a mansão havia sido arrematada por cerca de R $ 750 mil. O comprador, contudo, desistiu da casa e pediu na Justiça todo o dinheiro de volta.

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DESCASO

Ex-deputado federal, eleito em 2007, Clodovil chegou a viver no local com seis empregados: um mordomo, uma arrumadeira, dois jardineiros, um segurança e uma pessoa que cuidava dos catorze cachorros da raça pug.

Clô faleceu no dia 17 de março de 2009, em Brasília, após sofrer um acidente vascular cerebral e uma parada cardíaca. De acordo com relatos, os responsáveis ​​por cuidar do espólio do falecido apresentador aprovação o imóvel abandonado. O local está tomado por infiltrações e mofo. 

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O imóvel, que já teve parte demolida por estar em área de proteção ambiental, pode acabar sendo derrubado de vez. Além disso, a casa está construída em local isolado, com acesso limitado, o que dificulta as visitas de compradores.

MUITOS GASTOS

Em entrevista, logo após a morte de Clodovil, a advogada dele, Maria Hebe Queiroz, disse que ele deixou um testamento no qual pediu que seus bens fossem transferidos para uma entidade beneficente. No entanto, que Clodovil não tinha nenhum bem atualmente e passava por dificuldades financeiras. Do salário de R$ 16,5 mil, recebia R$ 7 mil líquidos por conta de pagamento de empréstimo consignado em folha de pagamento.

O testamento é datado de janeiro de 2007, um mês antes de o deputado assumir o mandato na Câmara dos Deputados.

“Ele não tinha nada. O Clodovil gastava muito, ele dizia que não tinha juízo. Ele sempre foi descontrolado. Ele pediu para deixar tudo que é dele, ações que ele tem na Justiça. Se ele não tivesse ficado doente, talvez já tivesse criado a instituição”, disse Maria Hebe. 

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A advogada afirmou que conhecia Clodovil desde 2004 e que ele não tinha contato com nenhum parente. Ela é a responsável por executar todos os desejos manifestados no testamento. Amigos e admiradores do falecido estilista pretendem transformar o espaço em um local cultural em memória ao apresentador.

Homenagem de Eduardo Martini

Após uma bem-sucedida temporada em 2020, respeitando os protocolos de distanciamento social e higienização, Eduardo Martini retornou no início deste ano com o espetáculo “Simplesmente Clô”, no Teatro União Cultural, em São Paulo.

O monólogo, escrito pelo jornalista e dramaturgo Bruno Cavalcanti, recorda a vida e a obra do estilista e apresentador de TV Clodovil Hernandes (1937-2009). Na obra, Clodovil realiza um inventário de sua vida e suas criações ao longo de mais de 40 anos de carreira, mesclando criações pioneiras na moda, o sucesso na televisão e o êxito em seu primeiro mandato como deputado federal enquanto se depara com lembranças de sua vida e fatos pouco conhecidos do público.

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