Entrevista: Fernanda Paes Leme volta ao teatro com adaptação do filme Rain Man

O rosto ainda é de menina. Mas Fernanda Paes Leme já pode ser considerada experiente na carreira televisiva. Com quase 15 anos de Globo, a atriz já passou por diversas fases em sua trajetória. Depois de um início marcante no seriado Sandy & Junior, que durou seis anos, Fernanda hoje vive a personagem Márcia, de Salve Jorge. Nesse meio tempo, a atriz foi presença constante em novelas e séries da emissora, conviveu com a fama e teve seus passos noticiados por sites e revistas de fofoca. Mas garante que manteve a personalidade e que não deixou o sucesso subir à cabeça.

"Eu não estou preocupada com isso, estou muito mais preocupada em batalhar por bons papéis, em fazer direito o que me é proposto, em fazer melhor do que aparece para mim", explica.

A vaidade não faz parte da cartilha da atriz. Ela conta que, desde o colégio, sempre foi muito mais amiga de meninos, justamente por não ter paciência para as futilidades comuns às adolescentes.

"Nunca fui aquela mulher que acorda mais cedo para fazer escova antes de ir para escola", conta.

Porém, Fernanda lembra que o excesso de vaidade é muito comum no meio artístico e que procura guardar esse aspecto para os momentos apropriados.

"Não sou aquela atriz que se retoca entre uma cena e outra. Deixo minha vaidade aflorar quando vou fazer uma foto de moda, quando vou a um prêmio…", relata.

O Fuxico: Durante sua carreira, foi comum vê-la em diversas revistas e sites de fofoca. Como você lidou com esse crescimento sendo constantemente vigiada? 

Fernanda Paes Leme: Tudo o que eu fiz, ou faço, qualquer amiga faz ou fez. A diferença é que o que eu faço, por eu ter crescido na televisão, é divulgado e isso vende. A minha profissão não é isso, mas a gente se adapta. E faz isso se protegendo. Hoje, eu escolho onde vou sair. Eu faço muitas coisas dentro da minha casa.

OF: Você é paulistana, torcedora fanática do São Paulo, mas está no Rio há 12 anos. Está completamente adaptada ou ainda tem vontade de voltar?

FPL: Eu tenho um carinho muito grande por São Paulo, minha família toda é de lá, não tenho nenhum primo solto por aqui para contar história. Eu amo o Rio. Hoje em dia, é mais a minha primeira casa do que a segunda. Meu trabalho é aqui e eu amo o que eu faço. Então, não tem essa de morar em São Paulo e vir para cá quando estiver trabalhando. 

OF: Em breve, você irá fazer parte da adaptação teatral de Rain Man, de 1988, do diretor Barry Levinson. Como está se sentindo com essa volta ao teatro?

FPL: Estou bem empolgada com esse trabalho. Amo trabalhar com tevê, eu cresci aqui, mas a minha profissão é muito mais que isso. E fazer teatro é beber da fonte. Tenho muito prazer em estar no palco. E o teatro me traz uma coisa que a televisão ainda não me traz, que é poder escolher o que eu quero fazer. Isso tem um gostinho diferente.

OF: Você já trabalhou com televisão, cinema e teatro. Tem alguma preferência?

FPL: É difícil ter preferência. Cada um tem sua peculiaridade. Novela eu acho incrível a gente conseguir gravar 40 cenas em um dia e não saber o que vai acontecer com o personagem. Isso é bacana, ser pega de surpresa. O teatro é especial. Estar no palco, aquela troca com a plateia é uma emoção muito grande. E o cinema é eterno, eu tenho DVD dos meus filmes e meus filhos vão me ver fazendo graça com o Mazzeo (Bruno) no Cilada.com.

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