Erasmo Carlos: “Não fico pensando no passado”
Por Redação - 16/07/15 às 14:55
Ao lançar seu disco, Meus Lados B ao Vivo, Erasmo Carlos revive pérolas de seu repertório que acabaram apagadas pelos hits.
"Eu sou da Tijuca, sempre fiz samba, só que as pessoas nunca prestaram atenção. Só querem saber de rock, rock, rock..", reclama, em entrevista ao jornal Extra.
Na sexta (17) e sábado (18), o Tremendão estreia no Rio de Janeiro seu novo show em apresentações no Teatro Oi Casagrande, no Leblon, na Zona Sul carioca. Mas ele avisa: não haverá sucessos no repertório.
"Nem adianta pedir Manuel, que não vou tocar!", brincou, referindo-se a polêmica criada recentemente pelo músico Ed Motta com os fãs no Facebook.
Sem nostalgia de seu passado mágico, Erasmo destacou ao jornal que até seus erros foram importantes.
"Eu vivo o hoje e o amanhã, não fico preso ao passado. Foi tudo lindo e maravilhoso, não vou nunca menosprezar o que vivi. Tudo construiu o homem que sou hoje, e eu amo esse homem aqui. Até o que aprontei de errado foi muito importante, não me arrependo de nada!
A favor da liberação da maconha, o cantor regravou a música Maria Joana, uma celebração à droga.
“A legalização tem que ser bem pensada e realizada, sem oba-oba. O primordial é a descriminalização. Isso aí já deveria ter sido feito há décadas. Para mim, a não descriminalização da maconha é uma agressão”.
Afirmando não ser mais usuário, Erasmo destacou que também se livrou do álcool. A mudança se deu após o nascimento dos netos, uma vez que o cantor queria que eles o vissem com orgulho.
“Há muito tempo larguei tudo. Estou careta, com muito orgulho. Não sou radical com nada, acho que tudo pode ser repensado. O álcool quase acabou com a minha carreira. Não é que eu tenha cortado totalmente a bebida da minha vida, tomo um uisquezinho antes do show, aprecio um vinho. Só não abuso mais. Estar bêbado às 9h da manhã é passado, foi um processo de autodestruição muito grande”.
Aos 74 anos, ele terá seu livro Minha Fama de Mau, transformado em filme, com Chay Suede no papel de Erasmo.
"Partiu do diretor Lui Farias, eu só escrevi o livro. Por enquanto, não vou participar do filme. Mas sou noveleiro, vejo Babilônia, gosto do trabalho do Chay. Ele é um bom ator. A gente teve pouco contato. Nos esbarramos em eventos e premiações antes do encontro promovido pelo Lui para lançar publicamente a ideia do filme. Para mim foi uma surpresa. Mas acho que Chay vai precisar tomar um pouquinho mais de sol. Está muito branquinho para interpretar o morenão aqui!”, finalizou.
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