Érico Brás analisa sua trajetória para chegar à TV

Por - 11/11/12 às 14:04

Pedro Paulo Figueiredo/CZN

A instabilidade financeira pode ser um problema no começo da carreira de um ator. Foi assim com Érico Brás. Para conseguir se profissionalizar em Artes Cênicas, ele teve que conciliar o teatro com trabalhos fora dos palcos. O baiano, que hoje vive o malandro Jurandir em Tapas & Beijos, já foi caixa de supermercado e até ajudante de pedreiro para sustentar o seu sonho de ser ator. Mas só quando apostou tudo no teatro que ele começou a progredir na área.

"Eu percebi que não podia continuar fazendo esses trabalhos por fora porque eu realmente queria fazer teatro", conta.

Apesar de ter tido seu primeiro contato com a atuação ainda criança ao participar de peças em igrejas, Brás só procurou se aprofundar na arte quase 10 anos depois. E foi justamente nessa época, quando entrou para o Bando de Teatro Olodum, que os papéis com maior visibilidade começaram a surgir. Como mulherengo Reginaldo de Ó Pai Ó. O taxista malandro da microssérie da Globo adaptada do filme homônimo foi o seu primeiro trabalho na tevê. Depois desse personagem, muitas portas se abriram na carreira de Érico.

"Eu fui chamado para participar do longa'Quincas Berro D'Água' por causa da minha atuação em Ó Pai Ó", admite. 

Em 2011, Érico Brás foi convidado para integrar o elenco da série Tapas & Beijos. Na primeira temporada da produção ele interpretou Jurandir, um malandro que não gostava de trabalhar e era completamente apaixonado por Sueli, de Andréa Beltrão, com quem foi casado por dois meses. Mas a vida do personagem deu uma reviravolta e atualmente ele é garçom e, por ironia do destino, namora a enteada de sua ex-mulher.

"Quando fui convidado para a série eu aceitei na hora. Ainda mais porque o texto é do Cláudio Paiva que escreve um humor muito inteligente", conclui.

Nome: Érico Brás de Oliveira.

Nascimento: 5 de março de 1979, em Salvador.

Primeiro trabalho na tevê: Ó Pai Ó, como o taxista Reginaldo.

Atuação inesquecível: Jurandir. O primeiro episódio foi fenomenal

Interpretação memorável: Cena do longa Madame Satã em que Lázaro Ramos, no papel de Satã, cuida de uma criança. Ele que é homem faz papel de pai e mãe ao mesmo tempo, uma confusão de conceitos.

Momento marcante: O nascimento da minha filha, Érica Brás, em 2004.

A que gosta de assistir: Não sou cinéfilo, mas adoro ver coisas sobre o cinema. Até porque a tevê precisa investir mais em programas educativos.

O que falta na televisão: Mais informação coesa. Muitas crianças assistem à televisão e nós temos de nos preocupar com o contedo assistido.

O que sobra na televisão: Tudo tem seu espaço. Mas talvez a tevê pudesse dividir melhor o espaço da sua programação.

Ator: Milton Gonçalves.

Atriz: Fernanda Montenegro.

Com quem gostaria de contracenar: Com o Milton Gonçalves e a Fernanda Montenegro.

Se não fosse ator, o que seria: Juiz.

Novela preferida: Que Rei Sou Eu?.

Cena inesquecível na tevê: Toda novela tem uma cena inesquecível.

Melhor abertura de novela: Que Rei Sou Eu?.

Melhor trilha sonora de novela: Tieta.

Personagem mais difícil de compor da sua carreira: Tudo requer estudo e preparo. Acho que quando você mergulha na trama, você consegue fazer com nível de tranqüilidade. 

Papel que mais teve retorno do público: O Jurandir de Tapas & Beijos e o Reginaldo de Ó Pai Ó.

Melhor bordão da tevê: "Te mete".

Que novela gostaria que fosse reprisada: Que Rei Sou Eu?.

Que papel gostaria de representar: Com todo respeito ao Stênio Garcia, eu gostaria de interpretar o Corcoran de Que Rei Sou Eu?.

Com quem gostaria de fazer par romântico: Não tenho preferências.

Livro de cabeceira: A Cabeça de Obama, de Sasha Abramsky.

Filme: Bastardos Inglórios.

Autor: Sasha Abramsky.

Diretor: É difícil dizer um, tem muita gente boa por aí.

Medo: Só de morrer mesmo.

Vexame: É muito raro. Não me ponho nessas situações.

Projeto: Vou criar o meu próprio teatro.

Tapas & Beijos – Globo – Terças, às 22:10 horas.

Érico Brás e Priscila Marinho estão na festa do Troféu Raça Negra 2011

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