Estréia de Hoje É Dia de Maria dá 25 pontos

A estréia da segunda edição da microssérie Hoje É Dia de Maria,da Globo, marca bons índices de audiência, na noite de terça-feira, dia 11. Segundo a prévia do IBOPE na Grande São Paulo, a atração ficou em primeiro lugar, marcando média de 25 pontos com picos de 31. O share (número de aparelhos ligados) foi ótimo, em se tratando de uma véspera de feriado e uma semana de feriadão escolar em São Paulo, a chamada ‘ Semana do Saco Cheio’. Sem contar o horário de exibição, considerado tarde (de 22h50 às 23h40): 61,2%. 

Vale lembrar, porém, que no capítulo de estréia da primeira jornada de Hoje É Dia de Maria, em janeiro último, os índices foram mais altos: média de 34 pontos. O share da época, porém, foi menor: 51%.

Segunda Jornada

A nova versão da história, baseada na obra de Carlos Alberto Soffredini, escrita por Luis Alberto de Abreu e Luiz Fernando Carvalho, traz uma narrativa bem mais recheada de musicais, o que a torna um pouco enfadonha. Porém, a segunda jornada está bem mais rica cenograficamente, sem contar os recursos visuais que, embora pareçam computadorizados, muitas das vezes são feitos com  materiais simples como a sucata. Criatividade é o que não falta para que a história seja contada basicamente de forma visual.

Destaque para detalhes como a Cabeça, magnificamente feita por Fernanda Montenegro, e a boneca interpretada por Inês Peixoto, que para quem não sabe, trata-se da atriz que faz a secretária burra do humorístico Zorra Total. Sem contar o trabalhos,  mais impecáveis do que nunca, de Stênio Garcia, que faz o Asmodeo, bem como o da menina Carolina Oliveira, que faz a protagonista Maria pela segunda vez. A direção de Luiz Fernando Carvalho não poderia ser melhor.

O horário de exibição, a exemplo do excesso de cantoria, também faz o telespectador esforçar-se para não dormir. Poderia ser mais cedo. Porém, no geral, Hoje É Dia de Maria é destinado ao telespectador que valoriza um trabalho de qualidade e bom gosto na tevê. E obras de arte, na cultura do país, infelizmente, são para poucos.