Ex-ator Mario Frias critica Fernanda Torres, minimiza a vitória dela e detona políticos

Por - 07/01/25 às 11:54

Mario FriasO ex-ator Mario Frias é atualmente deputado federal por São Paulo - Foto:

O deputado federal Mario Frias (PL-SP) causou polêmica ao classificar a vitória de Fernanda Torres como “autopromoção da elite artística global”. A atriz recebeu o prêmio de “Melhor Atriz em Filme de Drama” no Globo de Ouro, na madrugada de segunda-feira, 6 de janeiro. A crítica de Frias não se limitou à atriz, mas também atingiu políticos de direita que parabenizaram Fernanda pelo reconhecimento.

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Em sua conta no X (antigo Twitter), Mario Frias atacou o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres. A obra, baseada na história de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado durante a ditadura militar, foi descrita pelo deputado como “uma peça de ficção e desinformação da esquerda brasileira”.

“O filme visa distrair o imaginário popular, retratando uma ditadura inexistente, enquanto a verdadeira ditadura está sendo defendida pelos apoiadores do longa”, declarou Frias. Ele também afirmou que o sucesso da produção, que alcançou uma das maiores bilheterias nacionais de 2024, é parte de uma “auto bajulação de militantes radicais da esquerda mundial”.

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O ex-ator também voltou sua artilharia para figuras políticas de direita que celebraram a vitória de Fernanda Torres. De acordo com ele, essas manifestações são “falso virtuosismo” e indicam um desejo de reconhecimento pela “elite esquerdista brasileira”.

“Esses políticos não passam de hipócritas tentando passar uma aura de moderação na ânsia de obter algum reconhecimento da esquerda. Esse teatro é visto como sinal de fraqueza e mediocridade”, disparou o parlamentar.

Em outra postagem, Mario Frias respondeu ao influenciador Peter Jordan, afirmando que ele permanecia “na superficialidade das relações humanas”. O deputado também criticou o valor cultural das premiações internacionais, dizendo que elas “não representam absolutamente nada para a nação, que clama por liberdade, dignidade e prosperidade”.

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Frias concluiu suas críticas com uma declaração contundente: “Se você acha legal bajular alguém por ganhar um prêmio da elite artística global, a mesma elite artística que dá sustentação a toda barbárie que acontece no Brasil, então você é um idiota que merece ser um escravo. Servilismo não é moderação, é covardia indigna”, disse ele, por fim

As declarações dividiram opiniões nas redes sociais, reacendendo o debate sobre a relação entre política, cultura e reconhecimento artístico.

É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino