Ex-Frenética está com Alzheimer

Por - 17/03/15 às 08:12

Divulgação/TV Globo
Ex-integrante de As Frenéticas, grupo que virou febre no Brasil nas décadas de 70 e 80, Edyr de Castro trocou em 2011 a casa própria que morava com a mãe, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, por um lar ao lado dos amigos no Retiro dos Artistas, no mesmo bairro. 

A coluna Retratos da Vida, do jornal Extra, conta que ao longo de três anos, Edyr fez a alegria do asilo se apresentando em festas por lá,  mas no ano passado ela foi diagnosticada com o grau mais alto de Mal de Alzheimer. 

"Sou feliz aqui. Estou em paz comigo mesma", disse a artista, de 68 anos. 

Com dificuldades na fala e nos movimentos, ela faz uso de medicação controlada que toma três vezes ao dia, tem mãos trêmulas, pouco conversa e se expressa com dificuldade. 

Mãe de Joy, avó de Amodini, de 11 anos, e com a mãe ainda viva, ela se emociona ao falar da filha única. 

"Minha filha é psicóloga, meu orgulho", disse ao jornal.

Joy, que mora no Jardim Botânico, na Zona Sul carioca, procurou a administração do abrigo há quatro anos, alegando que não podia cuidar da mãe, pois precisava trabalhar fora. Uma semana depois, a ex-Frenética estava morando na casa 2 da Rua Nair Bello, uma das maiores do abrigo, com dois quartos, cozinha e banheiro. 

"A casa foi toda equipada pela filha que vem visitá-la e trazer remédios", disse o administrador Hênio Lousa.

No asilo, Edyr passa o dia assistindo a DVDs de palestras sobre espiritismo e cantarolando baixinho hits de sucesso como Dancin' days, dos tempos em que se apresentava ao lado das companheiras Dhu Moraes, Leiloca, Lidoka, Regina Chaves e Sandra Pêra. Todas as noites, ela é transferida para o ambulatório, já que não está apta a ficar sozinha em casa. Três vezes por semana, ela faz sessões de fisioterapia e também é acompanhada por um psiquiatra e um cardiologista. Ela deixa o abrigo quatro vezes ao ano para uma consulta com um neurologista.

O jornal ressalta que Edyr nunca perdeu contato com as companheiras do grupo. 

"Elas mandam mensagens diariamente através do WhatsApp, e cada dia é uma reação diferente. Ela ouve e se emociona. Outro dia, ela não reconheceu um amigo aqui do Retiro, e ela mesma disse: 'acho que estou com Alzheimer'. Antes, ela andava muito, almoçava no refertório, mas agora é mais difícil", contou a cuidadora Katya Yamada, que a acompanha há três anos.

 

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