Ex-Menudo aposta no forró, se une à brasileira e lança a dupla Parayzo

Por - 03/04/10 às 10:02

Reprodução

Eles se conheceram por acaso, há apenas um ano, mas acreditam que o encontro “estava escrito nas estrelas”. Assim, formaram a dupla Parayzo, nova aposta da gravadora Som Livre que chega ao mercado com uma proposta diferente: o “forró latino”,  que mistura as culturas do Nordeste do Brasil com os ritmos latinos da Espanha e do Caribe.

De um lado uma baiana, Valéria Flor Cigana, e do outro o cantor Roy Stephan, de Porto Rico, que fez grande fama no Brasil na época em que era Menudo e que hoje mora na Bahia.

O CD, que já está nas lojas, apresenta músicas calientes dançantes, em português e espanhol:

“Sempre sonhei em unir a musica brasileira e latina em um trabalho só, diminuindo a distância entre as culturas tão próximas, mas sempre distantes” diz Roy Stephan.

O ex-Menudo e sua atual parceira musical contam mais sobre a novidade na entrevista abaixo:

O Fuxico: Gostaria de saber um pouco mais sobre este encontro do Parayso?. Já se conheciam antes ou tinham tido algum contato antes de resolverem gravar um álbum? Quando foi isto?

Valéria: “Eu estava em processo de gravação do que seria meu primeiro CD solo Valéria Flor Cigana,era uma mistura de forró com ritmos latinos,violões flamencos e em três faixas era necessário um vocal masculino,cantando em espanhol. O Roy foi convidado e topou vir a Salvador para colocar voz. Já do Aeroporto,pintou uma sinergia,o trabalho fluiu gravamos cinco músicas e quando vimos ele já estava em metade das faixas. Então pintou a ideia de virarmos uma dupla e assim nasceu a Parayzo, há mais ou menos um ano.”
 
Roy: “Eu estava no show dos Backstreet Boys quando fui convidado para gravar o CD com um cantora baiana,como sempre amei a Bahia, não pensei duas vezes, quando conheci Valéria fomos direto comer um acarajé que eu adoro,tomamos umas cervejas e ali mesmo na praia já estávamos cantando juntos e imaginando como seria um trabalho que unisse nordeste com Caribe.”
 

OF: Nas faixas, qual foi a maior preocupação de vocês? Fundir as duas culturas, talvez?  Como foi a escolha do repertório.

Roy:  "Boa parte do material já existia previamente, do cd da Valéria saíram 8 faixas,eu tinha três composições minhas que estavam prontas para o meu primeiro CD,fomos ao Rio gravar com o PH Castanheira e Victor Pozas,quando acrescentamos 3 faixas de Cesar Lemos que também já haviam sido gravadas por artistas latinos, então durou pouco o processo todo, uns cinco meses.”

Valéria: “Sim, eu estava pesquisando essa mistura de forró com flamenco há dois anos com forte influencia cigana, o Roy por coincidência estava compondo em português em ritmos de salsa e foi essa mistura que deu a cara do trabalho. A idéia era fazer um disco que unisse Brasilidade com latinidade.”

OF: O que vocês particularmente acharam do resultado que chega às lojas?

Roy:  “É o disco que meus fãs vão adorar, tem as mesmas características da musica do Menudo, alegria, paixão,emoção é o disco que eu gostaria de ter gravado há muito tempo pois amo o Brasil e a musica nordestina.”

Valéria: “O primeiro cd do Parayso, reúne artistas de uma mesma geração com forte influência pop, tem muito do regional, mas também é internacional. Eu amo esse trabalho, é pra dançar e eu e Roy adoramos dançar,essa era a tônica.”
 
OF: Qual é sua relação, Roy, com o Brasil? Descobrir uma filha no país ajudou a se familiarizar com o Brasil?
 
Roy: “ Eu amo o Brasil desde que vim aqui, na época do Menudo, foi definitivamente o pais que mais manifestou seu amor, cantei nos principais estádios do Brasil… Acho que nenhum grande artista até hoje fez tantos shows. Assim fiz amigas, fiz filhos… mas o mais importante criei raízes ,entendi a cultura. Encontrar Bianca, que hoje tem 22 anos, foi um das grandes emoções da minha vida, se estou aqui hoje devo isso a ela.
Me sinto em casa, amo a Bahia sempre quis morar em Salvador, que é muito parecido com San Juan, me sinto em casa.”

OF: O que vocês estavam fazendo antes de formarem a dupla?

Valéria: “Eu estava produzindo de maneira independente meu primeiro disco depois de uma longa espera por questões pessoais,e fazia design de interiores mas o que eu queria mesmo era voltar pra musica com algo diferente e esperei esse momento.”

Roy: “ Eu estava no vai e vem da vida, viajando muito, cuidando de negócios da família, mas estava preparando os singles que seriam inseridos em meu disco, quando surgiu o convite de ir à Bahia gravar com a Valéria.”

OF: Vocês vão sair com shows pelo Brasil ou fora do país?

Valéria “Qeremos conquistar o mundo (risos) mas antes disso a nossa casa, faremos shows a partir de junho no norte e nordeste rodaremos até o final do verão e depois pretendemos seguir para Europa e America Latina.”

Roy:  “Sim, claro, não vejo a hora de mostrar esse trabalho,  estou treinando castanholas e flamenco,aprendendo a levada do Forró, quero voltar aos paises onde tenho fãs com esse novo trabalho.”

OF: Roy, gostaria que você contasse um pouco mais sobre é sua relação com as fãs.

Roy: “Quando existe um grande encontro  promovido por fãs eu vou e me dedico a elas pelo tempo necessário, são minhas eternas namoradas,devo muito a elas e me comunico com as mais próximas como grandes amigas.”

OF: Até hoje suas fãs te reconhecem nas ruas e param para fotos e autógrafo?

Roy: “Sim, muitas vezes tomam susto dizem  ‘eu te conheço de algum lugar’ e só de olhar elas já caem a ficha, e não só mulheres, os caras também acham legal conhecer o cara que tirou suas namoradas do sério.”
 
OF: A dupla surgiu junto com algum romance ou vocês ficaram só na amizade?
 
 
Valéria:  “Hummm.. Somos apenas bons amigos viramos confidentes, o Roy é um ‘peligro’ mas não misturamos as coisas,partimos para uma sociedade, uma dupla que joga na mesma quadra e a paixão a gente coloca no trabalho.”

Roy: “Somos ‘hermanitos’, ela sabe muito sobre mim e eu sobre ela, nos respeitamos muito e sim somos apenas bons amigos,meu coração é do mundo mas neste momento está voltado para o trabalho.”

OF: Valéria, quando era mais nova curtia o Menudo?

Valéria: “Isso é engraçado! Eu era uma das milhares de fãs do menudo, sim, não vou mentir. Estive no Estádio da Fonte Nova, eu era fissurada no Charlie, aliás se eu o encontrar não vou deixar barato. Eu gostava da alegria, da dança, da adrenalina que passava mas o Menudo que cheguei mais pertinho foi Roy. Dizem que não existem coincidências, mas eu desconfio que o atraí, inconscientemente, jamais poderia imaginar que estaria dividindo o placo com um idolo da minha juventude.”

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