Ex-Paquito adota 19 filhos na África

Por - 04/12/16 às 11:24

Reproducao/Facebook

Nos anos 90, Alexandre Canhoni ficou conhecido como o paquito Xand, do extinto Xou da Xuxa. Desde 2001 morando na África, ele está no Brasil para exames de rotina, com a mulher, Giovana Canhoni. Em Niamey, capital do Níger, eles desenvolvem um trabalho humanitário no Projeto Esperança Niger.

"Vim para ver como está a saúde. Lá tem hospital, mas é tudo muito precário. Estamos falando de um dos países mais pobres do mundo. Fazer uma endoscopia, por exemplo, é muito complicado", disse Alexandre à colunista Patrícia Kogut do jornal O Globo.

Na África, o ex-Paquito e a mulher tem 19 filhos adotivos e estima que seu projeto cuide de aproximadamente 2 mil crianças.

"São 17 meninos e duas meninas. Uns já estão maiorzinhos. A mais nova tem 12 anos e o mais velho, já passou dos 20. Então, enquanto estamos aqui, um cuida do outro. Na instituição fazemos um trabalho de nutrição, temos quatro creches, duas escolas e um projeto na área do esporte. Vivemos de doações, de trabalhos voluntários".

Alexandre contou ao jornal que percebeu uma pequena mudança no país e também o que foi que gtransformou totalmente sua vida por lá.

"Ao longo desses anos, teve uma melhora, bem devagar. Hoje, as principais ruas já são asfaltadas, mas no lugar onde eu moro, por exemplo, as vias são de areia. Já vi crianças de 1 ano com 1,5 kg. Fora a fome, que sempre choca, teve surto de meningite, a fase da malária. Mas o que mais me pegou foi um ataque que sofremos no ano passado. Nossa base foi destruída".

Alexandre se referiu ao episódio no qual 45 instituições foram incendiadas em Niamey durante as manifestações contra as charges do profeta Maomé publicadas no jornal francês Charlie Hebdo.

Ele não pensa em retomar sua carreira artística e falou de seu passado envolvimento com drogas.

"Estava cansado do dia a dia, da rotina de shows. Do jogo de interesse. Até me incomoda pensar em voltar. Para o público, era uma coisa maravilhosa, mas mal conversava com meus colegas de grupo. Naquela época, experimentei de tudo (substâncias ilícitas), mas o efeito era sempre o contrário, me deixava para baixo. Não enveredei para esse caminho e nunca precisei de droga ou bebida".

 

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