Ex-princesa do Qatar é encontrada morta após denúncias de abuso e incesto contra o ex-marido

Um verdadeiro pesadelo. Assim foram os últimos anos de vida de Kasia Gallanio. Para ela, o “sonho de princesa” resultou em morte. O corpo dela foi encontrado depois que uma das três filhas da ex-princesa do Qatar alertou à polícia espanhola que não conseguia entrar em contato com sua mãe havia dias.

Agentes policiais entraram no complexo de apartamentos Playas del Duque, em Puerto Banús, em Marbella, na Espanha, às 8h do último domingo, 29 de maio, e encontraram a mulher morta na cama sem sinais de violência.

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Segundo o Le Parisien, na ausência da autópsia, uma das hipóteses que os pesquisadores estão considerando é que a morte possa ter ocorrido após o consumo de alguma substância.

As primeiras investigações sugerem que a ex-princesa tenha sofrido uma overdose. A morte de Kasia acontece em meio a uma longa batalha judicial, que já dura 10 anos, contra o ex-marido, Abdelaziz bin Khalifa Al-Thani, tio do emir do Catar. Nas redes sociais, ela fazia posts com críticas ao príncipe, a quem acusava de ser violento, ciumento e de ter abusado de uma das três filhas do ex-casal.

Kasia havia denunciado o ex-marido por violência sexual contra a filha mais velha, que teria sofrido abusos entre os 9 e os 15 anos. Abdelaziz bin Khalifa Al-Thani, de 73 anos, nega as acusações, e viu o tribunal parisiense rejeitar as queixas da ex-mulher.

PESADELOS DE PRINCESA

A separação de Kasia do xeque Al-Thani desencadeou, em 2012, uma grande batalha legal pela custódia de suas três filhas, então menores, em um caso que se arrasta sem resolução. Nascida em Los Angeles, a ex-princesa do Qatar, no início deste ano, havia compartilhado uma reportagem na qual as filhas deram um depoimento ao Le Parisien, elogiando a coragem delas de falarem sobre o caso. O jornal francês aponta que o sistema de justiça da França havia recentemente indeferido seus pedidos enquanto aguardava um teste psicológico pericial.

Segundo o Le Parisien, uma das filhas do casal denunciou em meados de abril ter sido vítima de agressão sexual por parte do pai quando tinha entre 9 e 15 anos, acusações que o xeique do Catar nega, mas que levaram a Procuradoria para abrir um inquérito que está a cargo da brigada de polícia para proteção de menores.

Em seu perfil no Instagram, a ex-princesa costumava publicar postagens comemorando o apoio que recebia nas disputas que tinha contra Al-Thani, a quem acusava de não pagar “um centavo de pensão alimentícia há mais de um ano para ajudar a sustentar e criar nossas filhas”.

“Não importa o quão bravo, chateado, ciumento ou rancoroso seja o pai das minhas filhas. Estou fazendo o que posso para prover, proteger, amar, criar, alimentar e educar as meninas como ninguém mais fará. Não sou perfeita, mas tento o meu melhor. As crianças nunca devem ser usadas como vítimas ou peões quando os pais não se dão bem”, desabafou.

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