Fábio Assunção fala de vício e recuperação em revista

Por - 05/10/15 às 18:00

Divulgação/Jair Lanes/GQ Brasil

Fábio Assunção concedeu uma entrevista sensível e honesta à revista GQ Brasil. Segundo a publicação, ele não se negou a falar sobre o vício em drogas e a recuperação. De volta ao topo da televisão, ele está prestes a brilhar na novela Totalmente Demais, próxima novela das 19h da Globo, mas não deixou de falar sobre o período complicado da sua relação com o vício.

“Na verdade, isso (a dependência) atrapalha todas as áreas da vida de uma pessoa. Não só o trabalho, mas as relações. Entorta tudo, não vale a pena para ninguém. Eu acho que a experiência pode ser boa se for transformadora. Cada pessoa tem direito de viver suas coisas. Se isso aconteceu comigo, aconteceu porque eu sou uma pessoa íntegra com tudo que eu faço. Eu fui íntegro também no modo de lidar com tudo. Vivi isso da forma que eu pude viver, que eu tive de viver, e me transformei em uma pessoa melhor. Minha relação com a vida hoje é completamente diferente. Hoje eu tenho um respeito enorme pela dificuldade de qualquer pessoa. Quando eu estava com 20 anos, não tinha paciência para ouvir o que o outro sentia, se tinha problemas. Eu estava centrado nas minhas conquistas. Acho que eu me tornei mais gentil nesse sentido. Não que tenha valido a pena viver o que eu vivi, mas no final eu consegui tirar uma coisa boa dessa experiência”, conta.

Questionado se ele se sente recuperado ou ainda precisa ficar alerta, Fábio afirma que vivemos em testes constantes.

“Alerta a gente tem de ficar sempre, somos testados o tempo todo na vida, em tudo, por tudo. Se você está num casamento, é testado fora do casamento. Estar alerta não é uma coisa ruim. ”

Após sua experiência, Fábio confessa que já pensou em fazer parte de uma campanha antidrogas.

“Já pensei nisso, mas acho que quem está nessa situação não precisa de nenhum conselho. Quem está vivendo algum processo químico tem de resolver outras coisas na vida. Cada caso é único, eu não posso falar pelos outros. Porque a questão não é você tomar um drinque, a questão é a relação que você tem com a bebida. Falar para pessoas que não escutam é bobagem. Não sei, não tenho muita opinião formada sobre isso”. 

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