Fafy Siqueira revela ter sentido a presença de Dercy

Por - 02/11/11 às 10:42

Foto-Montagem/Divulgação Globo/Ag.News

Fafy Siqueira está no elenco do musical As Bruxas de Eastwick, em São Paulo, mas já começa a gravar as primeiras cenas da minissérie Dercy, que vai contar a história de uma das figuras mais polêmicas da tevê brasileira, que morreu em 2008, aos 102 anos. A atriz revela que quando estava em cena com Fábio Assunção, em uma das gravações, sentiu a presença do  espírito de Dercy Gonçalves.

“Quando me vi caracterizada custei a entender e só cai em mim quando estava há três horas caracterizada, em frente ao Fábio Assunção, gravando. Ela [Dercy] estava atrás de mim. Eu senti! Era uma cena minha e dele… Na época com Dalva! Fiz moldes de gesso, estou fazendo sobrancelhas finas… Estou vendo muitos filmes dela, bebendo de Dercy o tempo inteiro. Eu vou fazer aquela que todos conhecem, mais velha, completamente despudorada”.

Na minissérie, Heloísa Périssé vai fazer Dercy na juventude e Fafy conta que ainda será produzido um filme com as cenas que estão sendo gravadas.

“Vou fazer uma minissérie e um filme. O Jorginho colocou na minha cabeça que vai fazer um show da Dercy na minissérie. Eu vou fazer ela na idade que vocês conhecem, uma senhora de 70 anos, embora pareça 50…. Igual a mim: tenho 60, com corpinho de 57 e energia de 30!”, brinca.

Ela também explica que os famosos palavrões de Dercy não serão cortados das cenas, já que fazem parte da vida da atriz.

“Vai ter que ter porque ela falava palavrão. É isso que a gente vai colocar, que o palavrão não é palavrão. A mulher mais elegante brasileira que eu conheci, Maria Adelaide Amaral, que conseguia distinguir tons de vinhos, escrevia, muito culta, era a pessoa que mais falava palavrão. Então a gente vai mostrar que o palavrão da Dercy não era um palavrão machista. Não era o palavrão do povo de agora”.

Fafy aproveita para criticar o humor que é feito hoje em dia pelos programas cômicos da televisão e defende que Dercy fazia humor com dignidade.

“A Dercy respeitava o povo de agora e falo isso mesmo! Tem muita gente do humor que está montado nesta palavra humor, mas não é coisa nenhuma! É incoveniência! Não vou falar nomes. Eles sabem quem são! Ela não. Ela era a mulher. E viva Dercy!”.

Relacionamento particular

A atriz era amiga particular da estrela da chanchada brasileira. Na época, as duas saíam juntas, se divertiam e faziam feijoada para comerem na casa de Dercy.

“Eu conheci a Dercy e ela falava uma coisa engraçada que era ‘primeira coisa que eu faço é por os dentes e a pestana’. Quando ela acordava era a primeira coisa mesmo que fazia. Eu gostava de levar ela num bingo, mas eu fui só duas vezes porque achava aquilo muito entediante. Eu ia comer a feijoada na casa dela, ela tinha acabado de curar um câncer no estômago e me convidava para comer feijoada! Ela comia e dizia ‘eu acho ótimo e está tudo certo!’”, relembra.

Dercy não tinha muitas manias, então Fafy defende que ela era uma pessoa do bem, muito séria e não pornográfica.

“Ela era o que os jovens brasileiros achavam o que ela era. Ela não era só aquela velha maluca que ficava falando palavrão, não. O que vamos contar é a história da juventude dela. Não é uma história engraçadinha, mas sim sofrida e vocês vão se rasgar de ver. É tão importante assistir. Ela era só uma velha maluca, eu sou, a Rita Lee é… Mas vocês vão ver que exemplo ela era. Ela nasceu em 1928. Nem o pai de vocês nasceu nessa época”, falando aos jornalistas.

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