Fagundes sobre Saruê: ‘Caricatura dos governantes no país’

 

"Benedito (Ruy Barbosa, autor) dificilmente cria vilões. Nas novelas dele, aquele que aparentemente é um vilão tem seu rasgo de humanidade e faz você pensar nas razões daquele personagem. Então o Afrânio, que sempre teve dentro dele uma vontade ferrenha de manter a família unida, pode mostrar um outro lado".

 

Com relação à resistência do público a um Saruê mais caricato do que o aventureiro de Rodrigo Santoro na primeira fase, o veterano esclarece.

 

"Nos 30 anos que se passaram, ele teve uma série de problemas e criou uma casca, inclusive física, com um comportamento patético, exagerado, uma peruca. É uma forma de se disfarçar. Mas dentro da máscara existe um Afrânio que ele gostaria de ter sido e foi impedido".

 

Ao jornal Extra, Fagundes destacou que o coronel é o retrato da política atual.

 

"Esse personagem a gente viu no dia 17 de abril (na votação de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff). Centenas de 'Afrânios' com o mesmo tipo de roupa, o jeito de falar, cabelo acaju… Talvez agora nessa caricatura que o Afrânio fez de si mesmo, a gente consiga entender que esses caras estão no poder".

 

E Fagundes avisa que o cabelo "estilo Donald Trump" está com os dias contados.

 

"Ele vai tirar essa peruca!".

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