Família de Juliana Marins recorre à Justiça por nova autópsia
Por Flavia Cirino - 30/06/2025 - 10:59

A família de Juliana Marins, jovem que morreu após uma queda no Monte Rinjani, na Indonésia, decidiu acionar a Justiça com o objetivo de garantir uma nova autópsia.
O pedido partiu da Defensoria Pública da União, acionada com o apoio do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança (GGIM), ligado à Prefeitura de Niterói.
Juliana Marins trabalhou na empresa de Preta Gil
Segundo informou Mariana Marins, irmã da vítima, o pedido seguiu diretamente à Justiça Federal. No entanto, o Plantão Judiciário se recusou a tomar uma decisão imediata, transferindo a responsabilidade para o juiz titular do caso, já sorteado.
Enquanto isso, o corpo de Juliana continua em território indonésio, à espera de liberação para o traslado ao Brasil. A família aguarda respostas para poder realizar a despedida em solo nacional.
Laudo médico divulgado sem aviso gera revolta
A primeira autópsia foi realizada no dia 26 de junho, em um hospital de Bali. De acordo com o laudo, Juliana sofreu múltiplas fraturas e lesões internas graves. O médico-legista Ida Bagus Putu Alit informou, em entrevista coletiva, que a morte não foi imediata, mas ocorreu em menos de 20 minutos após o impacto.
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De acordo com ele, as lesões atingiram órgãos vitais no tórax e outras partes do corpo, o que inviabilizou qualquer chance de sobrevivência prolongada. O problema, no entanto, foi a forma como essas informações vieram a público.
A família foi convocada ao hospital para receber o resultado do exame. Contudo, o conteúdo do laudo acabou sendo exposto à imprensa antes que os parentes tivessem acesso. Mariana classificou o episódio como “absurdo atrás de absurdo” e denunciou a falta de sensibilidade por parte da equipe médica.
No domingo, 29 de junho, a angústia da família se agravou. Em nota, Mariana relatou dificuldades com a Emirates, companhia aérea que ainda não havia confirmado o voo para o translado do corpo ao Rio de Janeiro. “É descaso do início ao fim”, declarou, ao pedir urgência para que o traslado fosse resolvido o quanto antes.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino

























