Família de Marília Mendonça cria canal para receber denúncias sobre fotos

Por - 15/04/23 às 15:17

marilia mendonçaReprodução/Instagram

O vazamento das fotos da autópsia do corpo de Marília Mendonça, ocorrido na quinta-feira, 13 de abril, ganhou um novo desdobramento. Isso porque mãe e irmão da cantora criaram um canal para receber denúncias sobre quem está compartilhando as imagens.

As fotos em questão foram realizadas pelo Instituto Médico Legal (IML) em novembro de 2021, logo após o acidente de avião que matou a rainha do sertanejo. A veiculação das fotografias configura um crime previsto pelo Código Penal.

Familiares da cantora agora pedem para que as pessoas que se depararem com as imagens entrem imediatamente em contato com seus representantes, por meio do e-mail familiammparasempre9@gmail.com.

“Venho aqui fazer um apelo para vocês. Juntamente com nosso advogado, nossa família decidiu criar um e-mail para receber denúncias de pessoas que estão compartilhando essas fotos. Então, venho aqui pedir encarecidamente que vocês tirem print e denunciem para a gente. Não queríamos estar passando por essa situação”, afirmou João Gustavo, irmão da cantora.

“Eu estou revivendo tudo que passei, estou mal e completamente arrasado, peço que colaborem denunciando esses monstros que não têm nenhuma empatia pelo próximo! A justiça será feita da forma correta”, chegou a dizer.

A Polícia Civil de Minas Gerais abriu uma investigação após o vazamento das imagens da necropsia de Marília Mendonça nas redes sociais. A cantora morreu em 2021, vítima de um acidente aéreo em Minas Gerais, aos 26 anos de idade.

A polícia afirmou, em nota, que é possível identificar que teve acesso às imagens e vazou os arquivos na internet.

Ruth Moreira, mãe de Marília Mendonça, usou as redes sociais para falar sobre o vazamento de fotos da necrópsia da filha, no IML.

Na gravação, a mãe da cantora ressaltou que o neto Léo, de 3 anos, filho de Marília com o cantor Murilo Huff, já entende os fatos e que ela aguardou um momento em que a criança não estivesse por perto para poder se pronunciar.

“Apesar de o episódio ter acontecido ontem [quinta-feira, 13 de abri], eu não me pronunciei por causa do Leozinho. Ela já entende tudo o que eu falo e também já entende quando acontece alguma coisa”, afirmou Ruth. Ela acrescentou. “A família está chocada com tanta monstruosidade. Mas isso também não me surpreende”, disse.

Dona Ruth continuou, lembrando que o crime já havia acontecido também, dias após a morte da filha. “O mundo não me surpreende mais… Esses monstros que fizeram isso não me surpreendem, porque eles já haviam feito outra vez [cerca de um mês após o acidente aéreo, no fim de 2021]. O que está faltando é lei. Está faltando Justiça.”

Aqui não pode ser terra sem lei. Redes sociais não podem ser terra sem lei. A gente precisa que esses delinquentes paguem. Não tem outra palavra: são delinquentes que não respeitam a memória da pessoa que se foi e também não respeitam a família”, prosseguiu a mãe da cantora, afirmando que buscará uma resolução para o caso na Justiça.

“Quero deixar um recadinho para as pessoas que fizeram isso: vocês vão lembrar de mim num certo momento da sua vida. Não desejo a dor que eu passei, não. Mas, num certo momento da sua vida, você vai lembrar disso que fez… E você vai lembrar de mim”, afirmou Ruth, que também agradeceu o apoio de outras pessoas, neste momento tão delicado e reforçou o pedido para que ninguém compartilhe as imagens.

“Não compartilhem isso. Isso é crime. Não deem audiência para criminoso, porque você vai estar cometendo aí um crime também. E vou dizer: não compactuem com isso! O que a gente planta, a gente colhe. Por isso eu disse que ele [a pessoa que fez isso] vai lembrar de mim em algum momento.”

A família da cantora decidiu entrar com uma ação na Justiça para buscar esclarecimentos e requerer uma indenização. Os primeiros indícios apontam que as imagens foram captadas de um computador dentro de uma unidade policial. A divulgação de imagens de uma pessoa morta pode configurar crime de vilipêndio a cadáver, e a pena pode chegar de um a três anos de reclusão.

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Jornalista desde 2000, iniciou a carreira como redatora do site OFuxico em 2002. Anos mais tarde, trabalhou como editora no site Famosidades (MSN), tendo passagem ainda como repórter na Quem, jornal Agora S. Paulo (Folha de S. Paulo), R7 e retornou em 2015 como editora do site OFuxico.