Famosos assistem pré- estréia de documentário sobre catadora de lixo
Por Redação - 25/07/06 às 10:22
Premiado 25 vezes, o documentário Estamira, de Marcos Prado, teve pré-estréia lotada na noite do dia 24 de julho, no Artplex, em Botafogo, zona sul do Rio. Em três salas de cinema, artistas conferiram a história de uma mulher de classe média que, desiludida com os homens, reconstrói sua história como catadora de lixo.
“Já havia assistido algumas vezes, sou muito amiga do autor. A história de vida da Estamira é muito forte. A gente acaba ficando contaminada. É impressionante como ela, nos delírios, fala coisas certas. A beleza nas imagens, mesmo mostrando o lixo, é total”, elogia Helena Ranaldi.
Flávia Monteiro também já havia assistido ao filme.
“Esse documentário é um projeto antigo do Marcos. Vi algumas vezes e sempre me impressiono como a rebeldia dela é contra o sistema, o homem. Estamira criou um mundo particular e se trancou nele”, destaca Flávia.
Carol Castro e o namorado, João Henrtique Prado, ficaram comovidos com a história.
“Uma mulher muito forte, no limite entre a loucura e a genialidade. Faz a gente refletir sobre várias coisas”, diz Carol.
Cláudia Mauro e o marido, Paulo César Grande, se apaixonaram pela personagem.
“Estamira é impressionante, sou louca por ela! É uma filósofa do lixo, conta sua história com verdade e o autor nos passa com sensibilidade. A maioria das coisas que ela vive hoje, foram “vistas” por ela, como premonição. Ela é esquizofrênica, mas é também uma filósofa”, explica Cláudia.
Maria Zilda, Carla Camuratti, Dira Paes, Rafaela Mandelli e o namorado, Marcos Lima, Zezeh Barbosa e Marcelo Faria conferiram o documentário.
Exemplo de superação
Dona Estamira é uma senhora de 63 anos que trabalha há mais de 20 anos no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. Ela sofre de surtos esquizofrênicos, mas seu carisma e seu caráter maternal fizeram dela a líder da pequena comunidade de idosos que habitam o lixão.
O documentário acompanhou, a partir de 2000, o tratamento ao qual Estamira se submeteu num centro psiquiátrico público e focou, a partir de seu cotidiano, a transformação clínica e os efeitos dos remédios que teve que tomar. Através de depoimentos dos filhos da senhora também foi possível revelar os árduos caminhos trilhados por Estamira.
Mesmo vivendo no lixo, ela conseguiu superar sua condição miserável e ainda levantou diante das câmeras questões e valores há muito esquecidos na sociedade.
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