Fátima Freire sofre com as lembranças da época da ditadura

Por - 22/07/11 às 11:32

Reprodução/Site Oficial

Reviver a pressão da época da ditadura, mesmo sendo em uma novela, mexe com as lembranças de Fátima Freire. A atriz, que está no ar como Lúcia Paixão, em Amor e Revolução, do SBT, contou a O Fuxico, que durante anos viu seu pai ser perseguido pela Polícia Militar.

A artista é filha do cientista Newton Freire Maia, um dos precursores da Genética Humana no Brasil e socialista. Por ser considerado um homem de esquerda teve que prestar diversos depoimentos nessa época.

“Eu, apesar de pequena na época sofri muito com minha família. Muitas coisas que vejo a Lúcia, minha personagem, e sua família sofrerem eu já vivenciei. Vivíamos com medo de ele ser preso”, disse a artista.

Para seu pai trabalhar em paz e sem o medo de ser preso a qualquer momento, a atriz se mudou para a Europa com a família, mas o pânico os acompanhou até momentos antes de eles embarcarem no avião.

“Meu pai foi proibido de receber prêmios fora do Brasil. Quando deixaram ele ir trabalhar na Suíça, na Organização Mundial de Saúde, nos perseguiram até no aeroporto antes de embarcar. Fico emocionada ao lembrar tudo que vivemos”, contou.

Mãe de três filhos, Fátima também disse que o sofrimento da personagem e Lúcia mexe com seus sentimentos maternais.

“Sou apaixonada pelos meus filhos. Por eles mato e morro. Viro uma leoa para defender um filho. Não posso nem imaginar a dor que seria ver um filho sofrendo perseguições e sendo preso. Acho que morreria de dor e ao mesmo tempo lutaria como uma guerreira para salvar um filho”, finalizou.

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