Felipe Prior vira o jogo e é absolvido em casos de estupro
Por Flavia Cirino - 06/12/2025 - 12:34

A absolvição de Felipe Prior em segunda instância reacende discussões sobre a disputa judicial que acompanha o ex-BBB desde 2020. A decisão, tomada pela Justiça de São Paulo, derruba a condenação anterior de seis anos de prisão por acusação de estupro ocorrida em Votuporanga, em 2015.
Felipe Prior teve nova acusação no início do ano
Embora a sentença inicial tivesse apontado responsabilidade, os desembargadores avaliaram que o conjunto de provas não sustentava a pena, portanto optaram por absolvê-lo.
Como o processo segue em segredo de Justiça, apenas partes essenciais da decisão circulam entre os representantes legais e os envolvidos.
Entenda a reviravolta no caso
A acusação, representada pelos advogados Maurício Stegemann Dieter e Maira Machado Frota Pinheiro, lamenta o resultado e prepara recurso. “O acórdão desconsidera um conjunto probatório robusto e coerente, corroborado por testemunhas, bem como o histórico e modus operandi do acusado. Estamos diante de uma decisão judicial que causou sofrimento profundo à vítima e a levou a reviver os traumas decorrentes dos fatos que ensejaram este processo”, afirmam em nota enviada ao g1.
Essa absolvição se soma a outras movimentações judiciais. Até o momento, Prior acumula quatro processos relacionados a estupro. Dois tiveram absolvição, um mantém condenação e outro aguarda julgamento.
A complexidade das situações reforça o clima de tensão em torno do nome do arquiteto, que segue tentando reverter a condenação mais pesada: oito anos de prisão em regime semiaberto por estupro ocorrido em 2014, decisão confirmada em segunda instância em 2024. A defesa levou o caso ao Superior Tribunal de Justiça, onde o recurso ainda tramita.
Linha do tempo aponta casos distintos
A narrativa sobre o episódio de 2014 detalha circunstâncias que aproximavam Prior da vítima. Ambos viviam na Zona Norte de São Paulo, estudavam no mesmo campus do Mackenzie e conviviam com o mesmo grupo de amigos.
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De acordo com a decisão de 1ª instância, ele passou a oferecer caronas às duas, o que criou uma rotina informal entre eles. A acusação relata que, após uma festa universitária, ele levou uma das jovens para casa, seguiu com a outra e, perto da residência dela, a beijou sem consentimento.
A decisão aponta que ele também passou a mão em seu corpo, puxou-a para o banco traseiro e manteve relação sexual sem autorização, enquanto ela se encontrava alcoolizada e sem condições de reagir.
Outro processo, referente a um episódio no InterFAU de 2018, terminou em absolvição. A denúncia descrevia violência física e atos libidinosos cometidos enquanto a vítima chorava e não conseguia se defender. Apesar disso, a Justiça concluiu que as provas não sustentavam a acusação.
Ainda resta o processo sobre um suposto estupro em Biritiba Mirim, também em 2018, que permanece pendente de julgamento, enquanto o nome de Felipe Prior segue no centro de um dos debates mais sensíveis e complexos do país.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino





















