Fênix Negra deixa fim da saga X-Men chata e desinteressante

Por - 05/06/19 às 15:30

Divulgação
X-Men: Fênix Negra encerra o domínio da Fox sob os mutantes no cinema. Apesar de ter todos os fatores para compor um filme de respeito para despedir de forma nobre dos últimos 19 anos de parceria entre os X-Men e o estúdio, não foi bem isso que aconteceu. Falta força e personalidade no filme e tudo isso se dá pela escolha de Simon Kinberg para diretor e roteirista do filme.
 
A direção falha e sem pulso de Simon Kinberg, que faz sua estreia como diretor e já produziu diversos filmes dos X-Men, como Primeira Classe, Dias de Um Futuro Esquecido e Apocalipse, transformou a história poderosa de Jean Grey, que é uma das personagens mais complexas e bem desenvolvidas dos quadrinhos da Marvel, em uma trama desinteressante, insossa e rasa.  Eu sei, é difícil competir em um mundo onde o público chega aos cinemas acostumado com a grandiosidade de Vingadores: Ultimato, mas quando o assunto é super-herói existe, sim, uma expectativa grande que, infelizmente, Fênix Negra não chega nem perto de superar.
 
Apesar de um elenco de peso, composto por James McAvoy, Jessica Chastain, Jennifer Lawrence, Sophie Turner e Michael Fassbender, o roteiro, também assinado por Kinberg, não mergulha. A história estabelecida não se dá ao trabalho de criar qualquer conexão emocional com nenhum dos personagens e faz algumas opções um tanto quanto duvidosas, desde estabelecer uma história que começa nos anos 70 e cria uma timeline da idade dos personagens que não bate, até colocar a personagem Cristal cantando, DO NADA, no meio de uma festa no jardim da escola liderada pelo professor Xavier. O mesmo roteiro fraco acaba e apaga grandes talentos, como Jessica Chastain, que acaba reduzida a uma vilã sem sentido e sem sal.
 
Cá para nós, o filme não é de todo ruim, mas a falta personalidade e de um diretor com bagagem em X-Men: Fênix Negra é fator determinante para o efeito dominó negativo tomar conta da história. Fênix Negra peca na falta de traço emocional e pela falta de uma direção de peso, que impede que seus personagens sejam o melhor que eles podem ser. 
 

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