Fernando Pavão analisa seu trabalho como protagonista de Máscaras

Por - 24/09/12 às 08:00

Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias

Nem sempre o sucesso de uma novela é proporcional ao contentamento dos atores do elenco. A baixa audiência de Máscaras foi determinante para que a Record decidisse encurtar sua exibição – a trama, que chegou a marcar média de 3 pontos, inicialmente estava prevista para terminar no início de 2013, mas exibe o último capítulo no dia 2 de outubro. Os percalços do folhetim, no entanto, não abalaram Fernando Pavão. O intérprete de Otávio está bem satisfeito com o trabalho.

"Meu balanço é o mais positivo possível pela experiência de ter feito um protagonista de uma novela do Lauro César Muniz, com tudo que a gente conhece, com um elenco tão competente. Só trago boas lembranças", enaltece.

Para Pavão, inclusive, este é o papel mais difícil que já viveu na tevê. Afinal, a trama dele passou por várias reviravoltas. Na história, o personagem começou como um fazendeiro comum, cujo principal conflito era a busca pela mulher e filho desaparecidos. Depois, trocou de identidade com o vilão Martin, de Heitor Martinez. Até o momento em que se envolveu em uma organização mundial que pretendia matar o presidente dos Estados Unidos.

"É um personagem que me exigiu muito. Com esse lado policianesco, é difícil achar um tom realista sem cair no fantasioso. E tive o cuidado de manter uma coisa crível", explica.

O Fuxico – Houve uma mudança na direção de Máscaras no meio do ano. Com a saída de Ignácio Coqueiro, Edgar Miranda assumiu o posto. Isso trouxe algum tipo de dificuldade na rotina de um trabalho que já estava estabelecido até então?

Fernando Pavão – Acho que não foi difícil porque todos nós tínhamos o mesmo objetivo. Tanto o elenco como o Edgar. Queríamos fazer o melhor trabalho. Partindo desse princípio, fomos na mesma direção. O Edgar entrou quando já tínhamos um trabalho construído e os atores tinham seus personagens bem elaborados. Ele soube respeitar isso e acrescentou o nome dele à novela.

OF – Como protagonista da trama, em algum momento você ficou preocupado com a baixa audiência?

FP – Em nenhum momento a audiência me preocupou. Eu, pelo menos, não pauto meu trabalho pela audiência. Ela parte de uma série de fatores. Às vezes, a gente não entende porque certos produtos têm uma boa audiência e outros não. Não temos como medir a qualidade pela audiência.

OF – A trama do seu personagem é complexa e, a cada capítulo, muita coisa acontece. Que tipo de resposta do público você costuma receber?

FP – Sinto que as pessoas percebem a dificuldade da trama. Não é uma novela fácil. Esse lado policianesco realmente é complexo, mas instiga, faz pensar. As pessoas dizem: "Eu achava difícil no começo, mas comecei a prestar atenção e ela tem uma coisa…". Uma vez, o Petrônio (Gontijo) falou que uma moça que estava arrumando o quarto dele disse: "Nossa, faz tanto tempo que eu não vejo uma novela que me faz pensar, que me deixa curiosa, querendo descobrir as coisas". Isso é legal. Particularmente, como espectador, é um tema que me atrai.

OF – Este é o seu segundo protagonista seguido na Record – ano passado, você viveu o personagem-título de Sansão e Dalila. Como avalia a sua trajetória na emissora?

FP – Desde que entrei aqui, em 2007, só fiz bons personagens. É uma emissora que me dá todas as condições para trabalhar. Nós, atores, conseguimos estabelecer uma parceria na Record. Já trabalhei em todas as emissoras e nunca senti isso em nenhum lugar, esse clima de amizade, de "vamos fazer", de "vamos brigar pelo nosso produto". Realmente isso é difícil em um ambiente de trabalho. Em outras emissoras, nunca encontrei.

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