Festival do Rio tem forte candidata a melhor atriz
Por Redação - 26/09/05 às 10:37
Apesar de estar só no começo, pois o evento vai até 6 de outubro, o Festival do Rio já tem uma forte candidata ao título de melhor atriz. Trata-se de Priscila Rozeubaum, estrela de Carreiras, filme apresentado dentro da mostra competitiva, no Cine Odeon Br, na noite de domingo, dia 25. Se essa aposta feita por Fernanda Torres, Betty Faria e Maurício Mattar se concretizar, a atriz, que é mulher do diretor do longa, vai bisar o prêmio, já que faturou o Kikito dessa categoria no último Festival de Gramado (RS).
Fernanda Torres classificou a atuação de Priscila como primorosa.
“É um trabalho que demonstra, de forma poética, toda a intimidade do ator com o diretor do filme que, por sinal, também dá uma senhora canja atuando. Carreiras é um filme que mostra o Rio de Janeiro, a vida da gente com uma beleza ímpar. E é um retrato do jornalismo, embora sirva para o ator também”, afirmou Fernandinha.
Betty Faria frisou a longa amizade que mantém com o casal.
“O Domingos e a Priscila são meus amigos queridos. Adoro a proposta do Domingos com esse Carreiras, que já tinha visto no teatro e ele transpôs para o cinema de maneira brilhante. A Priscila arrebenta. Não ficarei surpresa se ela ganhar o prêmio de melhor atriz do Festival do Rio”.
Maurício Mattar conseguiu uma brecha nas gravações finais de A Lua Me Disse para ir ao evento, que teve sua abertura na quinta-feira, dia 22, pela primeira vez.
“Não poderia perder a oportunidade de assistir ao longa Carreiras por dois motivos: primeiro, porque sou fã do casal. E segundo, porque entreguei o prêmio de melhor atriz a Priscila e o de melhor roteiro ao Domingos, lá em Gramado. Mas, não tinha assistido ao filme. Não vi o que já foi apresentado e sei que tem muita coisa boa pela frente, mas acho a Priscila uma forte concorrente”.
A protagonista
Carreiras investe em direção ao seu tema e concentra-se numa única personagem, a protagonista Ana Laura (Priscila Rozenbaum). Na pele de uma âncora de TV envolvida com intrigas profissionais e dramas pessoais e familiares, a atriz passa com total convicção todos os dramas vividos pela personagem. Uma das cenas mais elogiadas por seus colegas, como Guilhermina Guinle, Simone Spoladore e Mariana Ximenes, é a que Ana Laura, ainda se curando de uma noite em que cheirou muita cocaína, fala com a família num celular, ou ainda durante o efeito inicial da droga, grita na rua para acordar os moradores de um prédio adormecido.
“A personagem é forte, fraca, alucinada, histérica, contraditória, irritante e Priscila mostra isso com uma verdade de tirar o chapéu”, resumiu Mariana Ximenes.
Baixo orçamento
O diretor Domingos de Oliveira fez questão de observar que Carreiras foi feito com baixo orçamento e alto astral. Realizado em tecnologia digital e com o mínimo de recursos – tirados do próprio bolso –, Domingos prova que o importante é fazer cinema, mesmo que não haja patrocínio como foi o seu caso. Carreiras consumiu oito noites de filmagens e um orçamento de R$ 35 mil, destacou o premiado diretor, que tem em sua carreira filmes como Amores (1998), Separações (2002) e Feminices (2003).
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