Filme de Selton Mello é o grande vencedor do Prêmio do Cinema Brasileiro
Por Redação - 16/10/12 às 01:33
A suntuosidade do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Centro da Cidade Maravilhosa, deu o tom à cerimônia da 11ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, na noite de segunda-feira (15).
O filme O Palhaço, de Selton Mello, sagrou-se o grande vencedor da noite, levando 12 dos 14 troféus Grande Otelo, prêmios para os quais foi indicado.
A premiação celebrou os 50 anos de carreira do diretor Cacá Diegues. A emoção tomou conta do evento quando José Wilker, Betty Faria e Zaira Zambelli, que atuaram em Bye Bye, Brasil, um dos filmes mais famosos de Cacá, fizeram um agradecimento ao cineasta que assistiu extasiado.
A cerimônia foi apresentada pelos atores Erom Cordeiro, Cíntia Rosa e Cristina Lago, que encenaram trechos de filmes do diretor.
"Quando Roberto Farias, diretor-presidente da Academia Brasileira de Cinema, me telefonou, eu disse que era muito novinho para esse tipo de homenagem. Espero que o cinema brasileiro seja para o século XXI o que Hollywood foi para o século XX. Enquanto isso, vou fazendo minha parte", disse Diegues.
Ao todo, foram 25 vencedores, sendo 21 escolhidos pela Academia e três eleitos pelo voto popular.
Confirmando o sucesso como ator e diretor, Selton Mello conquistou os troféus nas duas categorias.
"Eu tinha a pretensão de tentar fazer um filme que se comunicasse com o grande público, mas que ao mesmo tempo fosse cinema, ou seja, que tivesse espaço para reflexão, porque acho que é tudo meio polarizado, existem os filmes de grande público e filmes muito herméticos. Eu tinha vontade de tentar fazer algo no meio do caminho. Esse filme uniu essas duas coisas que eu sonhava. Dirigir é escrever o que sinto e expressar os meus sentimentos mais profundos. Ganhar esse prêmio (de Melhor Diretor) é como se fosse um `Segue aí, garoto. Vai indo!´", comemorou Selton.
Selton contou que convidou Wagner Moura para interpretar o palhaço Pangaré, mas o ator estava dedicado ao Tropa de Elite 2 e declinou. Convidou, então, Rodrigo Santoro, mas também não teve sucesso. Então, ele mesmo ficou com o personagem.
Outro momento memorável da premiação foi o anúncio de Deborah Secco como melhor atriz, por sua atuação em Bruna Surfistinha.
"Foi o papel mais difícil, não só pela personagem, mas por ser no cinema, e eu domino muito mais a televisão. A Bruna me fez conhecer o universo do cinema intensamente. Tive que me despir de todo e qualquer preconceito. No cinema a tela é grande, o som é alto, tudo que você faz tem que ser de verdade. Minha vida mudou em todos os sentidos. Quero mais desafios, quero fazer mais cinema. O filme mudou a minha vida. Me fez atuar de outra forma e ver que o difícil pode se tornar possível. Muitas garotas de programa me param na rua e agradecem o trabalho que fiz. Queria humanizar essas meninas e mostrar o lado duro da profissão", disse ela, dirigindo os olhares ao marido, Roger Flores, em quem tascou um mega beijo.
Confira a lista de vencedores:
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL:
Marcelo Vindicatto e Selton Mello, por O Palhaço
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO:
Antonia Pellegrino, Homero Olivetto e José Carvalho, por Bruna Surfistinha.
MELHOR FIGURINO:
Kika Lopes, por O Palhaço
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE:
Claudio Amaral Peixoto, por O Palhaço
MELHOR MAQUIAGEM:
Marlene Moura e Rubens Libório, por O `Palhaço
MELHOR TRILHA SONORA:
Vladimir Carvalho, por Rock Brasília
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL:
Plínio Profeta, por O Palhaço
MELHOR SOM:
Jorge Saldanha, Miriam Biderman, Ricardo Reis E Rodrigo Noronha, por O Homem do Futuro
MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO:
Midnight in Paris, de Woody Allen
MELHOR CURTA-METRAGEM FICÇÃO:
Pra Eu Dormir Tranquilo, de Juliana Rojas
MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO:
A Verdadeira História da Bailarina de Vermelho, de Alessandra Colassanti e Samir Abujamra
MELHOR CURTA-METRAGEM ANIMAÇÃO:
Céu no Andar de Baixo, de Leonardo Cata Preta
MELHOR MONTAGEM FICÇÃO:
Marilia Moraes e Selton Mello, por O Palhaço
MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO:
Pedro Kos, por Lixo Extraordinário
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA:
Adrian Teijido, por O Palhaço
MELHOR EFEITO VISUAL:
Cláudio Peralta, por O Homem do Futuro
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE:
Drica Moraes, por Bruna Surfistinha
MELHOR ATOR COADJUVANTE:
Paulo José, por O Palhaço
VOTO POPULAR – MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO:
O palhaço, de Selton Mello
VOTO POPULAR – MELHOR LONGA-METRAGEM DE DOCUMENTÁRIO:
Quebrando o Tabu, de Fernando Grostein Andrade
VOTO POPULAR – MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO:
Rio, de Carlos Saldanha
MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL:
Uma Professora Muito Maluquinha, de André Alves Pinto e Cesar Rodrigues
MELHOR LONGA-METRAGEM DE DOCUMENTÁRIO:
Lixo Extraordinário, de João Jardim, Karen Harley e Lucy Walker
MELHOR ATOR:
Selton Mello, por O Palhaço
MELHOR ATRIZ:
Deborah Secco, por Bruna Surfistinha
MELHOR DIREÇÃO:
Selton Mello, por O Palhaço
MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO:
O Palhaço, de Selton Mello
PRÊMIO ESPECIAL DE PRESERVAÇÃO:
Gustavo Dahl
LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO – MENÇÃO HONROSA:
Brasil Animado 3D, de Mariana Caltabiano
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Deborah Secco: 'Bruna Surfistinha foi meu papel mais difícil'
Elenco do filme O Palhaço, no Prêmio do Cinema Brasileiro.
Deborah Secco recebeu o carinho de Roger ao ser anunciada como Melhor Atriz.
Deborah Secco subiu ao palco para receber o troféu de Melhor Atriz.
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