Fina Estampa está de volta! Relembre o icônico mordomo Crô
Por Redação - 29/03/20 às 10:00
A ameaça do novo coronavírus (Covid-19) mexeu com a rotina de diversos campos ao redor do mundo, inclusive do entretenimento, das emissoras. No Brasil, programas com plateia passaram a ser gravados sem a presença das pessoas, enquanto outros sofreram uma pausa temporária até que as coisas possam ser normalizadas aos poucos, como o Mais Você, apresentado por Ana Maria Braga.
Até mesmo as novelas vivenciaram alterações e precisaram parar a continuidade da produção, então a saída foi vasculhar o baú para ocupar o espaço que corria o risco de ficar em branco.
Assim, a Rede Globo escolheu tramas que fizeram sucesso para substituírem as histórias das 18h, 19h e 21h da grade de programação. As escolhidas foram, respectivamente, Novo Mundo, Totalmente Demais e Fina Estampa, sendo a última, escrita por Aguinaldo SIlva, a responsável pelo inconfundível Crô (Marcelo Serrado), mordomo de Tereza Cristina (Christiane Torloni) e protagonista de momentos de risadas garantidas.
Por isso, relembre com a gente, do OFuxico, as principais características que o tornaram inesquecível.
‘Faz-tudo'
Crodoaldo Valério, mais conhecido como Crô, e com o nome escrito errado no cartório – como ele mesmo gosta de frisar – por muitas vezes diz não tolerar a sua patroa, mas realiza as tarefas que ela pede com dedicação.
A relação de amor e atrito entre eles é um ponto forte nessa “amizade” e, além da madame ajudá-lo a pagar a faculdade da sobrinha, Vanessa (Milena Toscano), o tem como uma espécie de psicólogos na hora de desabafar.
Entre as diversas funções, Crô passeia com os cachorrinhos, cuida do visual de Tereza, da agenda e o que mais surgir no caminho dele por ordem da granfina.
Baltazar
O conflituoso relacionamento com o motorista da vilã rendeu poucas e boas.
Baltazar (Alexandre Nero) possui um histórico nada legal em seu casamento com Celeste (Dira Paes), a quem ele agride constantemente, entretanto, no trabalho, fica bem quietinho ao obedecer as diretrizes da chefe.
Durante seu expediente, é com Crô quem ele mais interage, sendo rude na maior parte do tempo e fazendo o mordomo correr. Só que o espalhafatoso empregado não desiste e a amizade dos dois passa a ser um dos núcleos mais interessantes de Fina Estampa.
Rei dos apelidos
Crô é “expert” na hora de se dirigir à patroa. A criatividade forte na mente dele o faz buscar lá na história, e principalmente no Egito, referências como o famoso apelido Rainha do Nilo.
Na lista também se encontra Filha de Osíris, Sereia da Núbia e Magnânima de Tebas. Quando Tereza Cristina passa a aprontar poucas e boas na novela, em certo momento o mordomo se referiu a ela como Sapeca de Alexandria. Imaginação fértil, não é mesmo?
Exemplo de autoestima
O gosto por acessórios chamativos e roupas muito bem alinhadas marcaram o personagem. Desde as excêntricas armações de óculos as diversas gravatas, inclusive o modelo borboleta, queridinho do “faz-tudo”.
E o visual reflete a personalidade dele! Cheio de amor próprio, Crô certa vez disse: “O negócio é nunca parar de se achar lindo, gostoso, cheiroso… e muito querido”. Bom, errado ele não está! Sempre preocupado com a imagem, o personagem dá um show de autocuidado e autoestima.
Secreto
Um dos mistérios de maior repercussão e expectativa para ser revelado foi o caso amoroso de Crodoaldo Valério. Discreto em relação a vida a dois, ao amor que conquistou seu coração, ele procura uma forma de desviar do assunto enquanto esconde um caso cujo companheiro jamais foi mostrado.
Nas cenas dos dois, a única pista do galã era a filmagem focada na tatuagem de um escorpião em um dos pés. Bom, no final, o amante nunca foi revelado, apesar do público suspeitar de Baltazar e torcer realmente para que fosse ele.
Em 2012, após o fim da obra, Aguinaldo Silva participou do programa Encontro, apresentado por Fátima Bernardes, e contou quem ele tinha em mente para ser o amante.
“No início, seria o dono da rede de vôlei (Carlos Machado), mas ele se tornou um vilão e não ficaria bem o Crô ser amante de um vilão”, explicou. O autor ainda ressaltou que não seria legal escolher o motorista para ocupar o posto.
“O público queria que fosse o Baltazar (Alexandre Nero), o motorista, mas ele era casado com a personagem da Dira Paes. Eu achava que seria uma coisa meio absurda existir aquela paixão entre marido e mulher e, ao mesmo tempo, ele ter um caso com o Crô. Não faria o menor sentido. Como eu não podia revelar o homem da rede de vôlei por causa da maldade, eu achei melhor não dizer quem era o amante do Crô.”
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