Fiuk: ‘Meu pai me ensinou sem me ajudar, não guardo rancor’

Por - 19/06/17 às 10:46

Reprodução/Instagram

Rui, personagem de Fiuk em A Força do Querer, tem deixado o ator de 26 anos bastante satisfeito. Num intervalo de gravação, ele conversou com jornalistas nos Estúdios Globo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e  deixou claro que o menino Filipe Galvão, que ganhou fama nacional em 2009 ao estrear como ator em Malhação, na Globo, cresceu. 

"Acho que agora me encontrei com força e para sempre", disse.

Após um longo hiato de seis anos sem participar de uma novela inteira – a última foi Aquele Beijo, de 2011 – ele afirmou que a fase foi de amadurecimento. E que críticas negativas não o afligem.

"Só se assusta quem quer. Estou dando a cara a tapa. Consequência sempre vai ser consequência. O jogo da novela é esse: um gosta, o outro não gosta. Não dá para agradar a todo mundo. O objetivo da vida nem é esse. O objetivo é ser feliz e fazer o que gosto. Atuar nada mais é do que viver a cena, e não há um jeito melhor ou pior para isso. Cada um vive de um jeito! A pessoa que me assiste tem a opção de ver ou julgar. Tenho minha certeza. O resto fica na mão de Deus".

O ator destacou ainda aos jornalistas que prefere não acompanhar as sequências em que aparece na tela. Para ele, nunca haverá erros a serem descobertos. 

"A melhor coisa que fiz na minha vida foi aceitar o que sou. Nunca estarei 100% pronto. E esse é o barato da vida. É bonito não ser perfeito."

Antes de fazer teste para a obra de Glória Perez, passou por um período sabático de três anos após um desentendimento com o empresário musical e conflitos com a família, que ele prefere não detalhar.

"Aproveitei esse momento para me pegar no colo, sabe? Transformei lágrimas numa grande obra. Além de ser bom ou ruim, prefiro perder pela verdade do que ganhar pela mentira".

Fiuk contou que cancelou contratos e escreveu, sem interferências mercadológicas, composições para dois CDs, que serão lançados após o trabalho na TV.

Família é um item à parte para Fiuk. O artista contou que o pai incentivou em cada escolha. Mas não negou que, por muito tempo, a figura paterna não foi um privilegiado suporte. A relação saudável entre ele e Fábio Jr., de 63 anos, começou a se desenhar apenas no fim de 2009, quando o jovem entoou a emblemática canção Pai numa homenagem surpresa durante o programa Domingão do Faustão.

Na intimidade, os dois protagonizavam discussões homéricas. De um lado, o filho reclamava da ausência de Fábio. Do outro, o pai cobrava mais dedicação do rapaz ao trabalho, criticando o jeitão informal de ser.

Fiuk lembrou um dos episódios de bate-boca no qual Fábio Jr. vociferou.

"Moleque, olha aqui a casa onde você mora e tudo o que você tem. Eu não tinha nada quando comecei", disse o pai.

"Lembro que eu disse: 'Pode deixar que eu me viro'. E saí. Foi assim que meu pai me ensinou, sem me ajudar. E dane-se! Não guardo rancor. Foi duro na época, mas hoje em dia é gratificante ver que a intenção era ótima".

Aos 11 anos, na primeira vez em que se apresentou nos palcos, com uma banda de punk rock, ouviu censuras rasgadas do pai. O cabelo bagunçado (e pintado) e a roupa colorida eram os principais alvos da crítica.

"Na hora em que me olhou, ele falou: 'Deus me livre, o que é isso?'. Para ser supostamente legal, teria que ter o cabelinho para trás, usar terno e cantar música romântica. Mas eu fazia tudo diferente do que ele queria. Imagina alguém que canta Alma Gêmea" vendo o filho numa guitarrada, fazendo o maior barulho? Pensava: 'Será que sigo minha intuição e dane-se o mundo ou será que corro atrás da admiração do meu pai e me esqueço?'. Foi um dilema. Preferi ser feliz a estar pela metade, a troco de um gosto".

Passada a tormenta, atualmente o visual do rapaz é constantemente enaltecido. Os fios desgrenhados e uma camiseta despojada, recebe elogios. Ele estranha.

"Passo a toalha e pronto. É mágico! Alguns atores já me perguntaram se eu acordo com um stylist. Acho engraçado. Sou fiel a minhas poucas roupas até elas rasgarem".

Ainda sobre o pai, Fiuk comentou as questões do coração e os muitos casando é Fabio Jr.

"Não acredito que a gente tenha só um amor. Lá no fundo, existe, sim, alguém especial e tal… Todo ser humano deseja encontrar uma pessoa bacana, né? Se falarem que não, é mentira. No meu caso, não sei se eu casaria na igreja. Mas talvez numa praia paradisíaca! Não quero colocar meus relacionamentos como se fossem minha carreira. Um dia estou com uma, outro dia estou com outra, e isso não tem que ser falado. Com todo respeito, né? Não sei se um dia vou casar e ficar só com uma… Enfim, é isso".

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