Fiuk: ‘Minha religião é Deus, não é uma coisa fechada’

Por - 05/07/17 às 14:00

Reprodução/Instagram

Logo no primeiro capítulo de A Força do Querer, novela de Glória Perez exibida na faixa das 21h, na Globo, Zeca (Marcos Pigossi) e Ruy (Fiuk) se afogam e são salvos por um índio, que dá um amuleto a cada um. Nele, pode estar a chave para o destino dos personagens na trama.

"Rui sente que morreu e voltou. Aquilo tem um significado muito forte, mesmo sem ele saber direito. Sempre que Rui está passando por alguma dificuldade, pensa que aquilo o salvou de certa forma. O inconsciente dele está ali, se vai acontecer alguma coisa errada, já pega o fio, olha, nem sabe direito o que é, mas sabe que aquilo o trouxe de volta. Ele até nega um pouco, não gosta de abrir muito, mas é uma proteção", disse Fiuk aos jornalistas, num intervalo de gravações.

O artista, que não é apegado a religião, contou que nao faz nenhum tipo de ritual antes de entrar em cena.

"Eu faço um aquecimento de corpo, coisas mais pra ativar a cabeça, o corpo. Eu acho que a vida é energia. Eu me cerco de coisas boas, energias boas, princípios legais. Minha religião é Deus, não é uma coisa fechada, é uma coisa universal. A gente não sabe o que é direito, mas é uma coisa mágica que engloba todo mundo. Eu acredito no amor e tenho muita fé e esperança".

O ator ainda destacou a importância do lúdico que vem crescendo na trama. 

"Eu vivo do lúdico, da minha fé. Essa tatuagem (que ele tem nas mãos), quem fez o 'F' foi meu pai e o 'É' a minha mãe e eu pedi pra tatuar. Eu vivo disso, minha vida é ter esperança, é acreditar, se não tiver isso, como que a gente vai viver? O outro nunca vai acreditar na gente se a gente não acreditar que o amor existe. Não é ver pra crer, é crer pra ver. Esse é o meu princípio. Eu sou o primeiro a acreditar e o último a desistir. A Glória já passou por muitas coisas difíceis, e é muito bonito ver que ela não deixou morrer a criança dentro dela. Isso você vê nos personagens, na fé que ela coloca nas questões dos personagens, tanto de transgêneros, de relacionamentos, de coisas místicas, ela reuniu tantas coisas bonitas que o lúdico não é tão lúdico quanto parece. Eu fui numa tribo e perguntei e eles usam sim a força das águas, da natureza, ela só tá trazendo pra gente um respiro".

Fiuk, que tem muitos fãs homossexuais,  comentou a transexualidade, abordada a novela de Gloria Perez.

"Tento encher meus fãs de coisas legais. A gente tem que estar à vontade. Quem sou eu pra falar do outro? Eu dou liberdade, tenho uma fã que está passando pela transição de gênero, a gente brinca, ela chega e fala: 'agora é ele, não ela'. É tudo uma grande brincadeira. A vida é isso, é descobrir, testar. A gente é muito chato, acha que tem direito sobre o outro. Eu acho muito bonito a novela estar contando essas histórias, tanto a Ivana (Carol Duarte) quanto o Nonato (Silvero Pereira), são contrapontos muito bons. Dane-se o que você quer ser, não é problema de ninguém e a vida é bonita por isso. Como que você vai bater numa pessoa porque você não gosta do que ela está vestindo? Pelo amor de Deus, nem bicho faz isso, a gente é pior que bicho."

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