Fundador do Facebook explica como fará doação milionária
Por Redação - 04/12/15 às 18:55
Logo que sua filja Max nasceu, Mark Zuckerberg anunciou que vai doar 99% das suas acções do Facebook para a instituição de caridade Chan Zuckerberg. A decisão chamou a atenção de muitos, já que o valor total soma 45 milhões de dólares (pouco mais de R$169 milhões) e pode gerar muita polémica relacionada com impostos e o destino do dinheiro.
Para tentar amenizar a situação, o CEO da maior rede social do mundo fez um comunicado para explicar como é que vai gastar o dinheiro.
Para começar, Mark deixou bem claro que o dinheiro será doado ao longo da vida dele e da sua mulher, Chan. Segundo o CEO da rede social, as primeiras áreas a receberem investimento serão a educação, pesquisas para a cura de doenças e formas para conectar mais pessoas à Internet. As áreas em questão já recebem a atenção de Zuckerberg desde a fundação da instituição Chan Zuckerberg, em 2009.
"Já fizemos vários investimentos nos últimos cinco anos nestas áreas – educação, ciência, saúde, e Internet – e tudo está disponível nos relatórios da iniciativa".
Ele também comentou sobre a polêmica que envolve o destino do dinheiro. Diferente de uma ONG, que segundo a lei dos EUA deve destinar todas as doações para caridade, a Chan Zuckerberg é uma sociedade limitada, que pode fazer o que quiser com os valores de doações que recebe.
Além disso, a instituição evita uma quantidade considerável de impostos sobre as acções, o que dá mais controle e liberdade para Zuckerberg e a sua fortuna.
"A sociedade ainda paga impostos e dá mais flexibilidade para que possamos cumprir a nossa missão", disse.
Num comunicado enviado ao BuzzFeed dos EUA, a assessoria do Facebook disse que o dinheiro não será destinado totalmente à caridade e empresas privadas que possam ajudar no 'avanço potencial humano e promoção a igualdade" também receberão investimentos vindos dos 45 mil milhões de Zuckerberg.
"Isso nos permite perseguir a nossa missão investindo em organizações sem fins lucrativos, fazer investimentos privados e participar de debates políticos, em cada caso com o objetivo de gerar um impacto positivo em áreas de grande necessidade", acrescentou.
A liberdade dada ao dinheiro de Zuckerberg com o simples e aberto objetivo de "fazer mudanças positivas no mundo" está assustando alguns especialistas, que temem que a ação gere um desequilíbrio na economia dos EUA e na democracia do país.
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