GayTV: Regina Volpato entrevista Marcos Damigo, o Hugo de Insensato

Regina Volpato entrevistou Marcos Damigo, que vive o professor homossexual Hugo em Insensato Coração, da Globo, em seu programa no canal de internet GayTV. O ator disse que sempre soube que seu personagem seria gay, mas que antes seria jogador de futevôlei.

“Eu já estava treinando o esporte, quando ele me falou na festa de lançamento da novela que tinha mudado e que seria professor. E eu disse ‘Gilberto, eu já estou jogando. Confie em mim que eu vou conseguir”, salientou, dizendo que o autor mudou de ideia por seu estereótipo.

Marcos disse que sente ainda algum preconceito nas opiniões das pessoas nas ruas, mas que isso será natural daqui a algum tempo. Ele também comentou sobre ser fotografado para uma revista voltada para o público gay.

“Sei que a Junior é uma revista gay que quer ver um homem bonito e sedutor, mas as coisas aconteceram naturalmente. Eu fui fazer uma entrevista e no meio dela veio convite para fazer as fotos. Então não foi um convite. Acho que a barriga tanquinho é um estressse. Se o cara for um atleta, ele vai ter essa forma por causa do trabalho. A barriga tonificada é feliz. É até importante para a saúde, ajuda a coluna, então não precisa da barriga trincada. É uma construção de imagem. Nossos padrões estão muito cruéis”.

O ator revelou ainda que na faculdade entrou no movimento estudantil, foi presidente do diretório acadêmico e que sempre foi muito idealista. Marcos fez uma autoanálise e percebeu que estava muito ‘guerrilheiro’ e, neste ponto, encontrou o teatro.

“Descobri o teatro que é uma ferramenta de transformação incrível, em primeiro lugar de si mesmo, pois se você não é capaz de se transformar, não pode ter a pretensão de transformar outra pessoa. Daí veio a internet que você consegue relacionar com outras pessoas, culturas e adoro conversar com essas pessoas”.

Por não gostar de dirigir carros, ele disse que vendeu o veículo quando foi morar no Rio de Janeiro e comprou uma bicicleta para circular pela cidade.

“Eu fico no ponto de ônibus com fones de ouvido e ouço pessoas comentando ‘é ele’ e outra ‘não, não é. Você acha que ele vai pegar ônibus?’. Acho muito engraçado isso. Até escrevi sobre este assunto no Twitter e aí comecei a discutir com as pessoas sobre isso”, finalizou.

Veja a entrevista na íntegra:

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