Gebê, influencer que se diz o 01 da América Latina, é preso por promover jogos de azar

O influenciador digital Gebê, de 26 anos, foi detido temporariamente em 30 de setembro, durante a operação “Vermelho 27”, realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

De acordo com as investigações, ele é suspeito de envolvimento com jogos de azar online, como o “tigrinho”, e teria lucros mensais de aproximadamente R$ 1 milhão.

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A ação policial ocorreu no condomínio de luxo Vila Alpina, em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, onde Gebê recebeu voz de prisão, sem resistência. Assim sendo, durante a operação, a polícia apreendeu dois veículos de luxo, um Porsche e uma Lamborghini, avaliados em cerca de R$ 4 milhões.

O delegado Magno Machado, chefe da Divisão de Fraudes da PCMG, explicou que o influenciador foi levado à delegacia, onde acionou seu advogado e permaneceu em silêncio.

“Gebê é ex-funkeiro, atuou na música entre os 16 e 18 anos, e se autodenomina o ‘número 1 da roleta da América Latina'”, afirmou Machado. O influenciador poderá responder por crimes como exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, sonegação fiscal e possível estelionato. A polícia também investiga se há outros envolvidos nos crimes.

Gebê mantém vida de luxo e ostentação

Com mais de 3 milhões de seguidores no Instagram, Gebê exibe uma vida de luxo nas redes sociais, onde aparece dirigindo carros caros e voando em aviões particulares.

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Ele também promove sua empresa de apostas online. Em vídeos nas redes, o influenciador confessou lavar dinheiro, segundo o delegado. Em um dos vídeos, ao lado de uma máquina de contar cédulas, Gebê afirma: “Eu tenho uma lavanderia que lava dinheiro”, quando questionado sobre a origem dos valores.

Defesa se posiciona

O advogado Jean Túlio, responsável pela defesa de Gebê, afirmou que a prisão temporária tem caráter cautelar. Desse modo, não significa comprovação de culpa.

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“Gebê ainda exercerá o seu direito constitucional de ampla defesa e esclarecerá, por intermédio de seu patrono, tudo o que for necessário”, destacou. O defensor também classificou a prisão como “excessiva e desproporcional”, e afirmou que já está atuando para revogar a decisão.

Em outra declaração, o advogado enfatizou que Gebê colaborou com a polícia, fornecendo as senhas de seus dispositivos eletrônicos e mostrando-se calmo. “Ele se mostra muito tranquilo porque sabe que tem muito a esclarecer”, completou Túlio. O advogado ainda mencionou que o mercado de apostas online está em transição e por isso pode ser mal compreendido pelas autoridades.